O Conselho de Administração da Vale aprovou esta semana o orçamento de investimentos para 2014, incluindo dispêndios de US$ 9,3 bilhões para a execução de projetos e US$ 4,5 bilhões dedicados à manutenção das operações existentes, bem como US$ 0,9 bilhão para pesquisa e desenvolvimento.
Segundo a Vale, a principal iniciativa de investimento é a expansão da operação de Carajás, onde serão investidos US$ 3,2 bilhões.
A expansão da operação é formada pelos projetos S11D, que aumentará a produção de Carajás; CLN S11D, que prevê a construção do ramal ferroviário de 101 km; os projetos de Serra Leste; e o CLN 150, que permitirá a expansão da capacidade logística de Carajás para 150 milhões de toneladas métricas anuais (Mtpa), envolvendo a duplicação de 125 km da Estrada de Ferro Carajás e a construção de um terminal ferroviário.
POD NOS TRILHOS
- Investimentos, projetos e desafios da CCR na mobilidade urbana
- O projeto de renovação de 560 km de vias da MRS
- Da expansão da Malha Norte às obras na Malha Paulista: os projetos da Rumo no setor ferroviário
- TIC Trens: o sonho começa a virar realidade
- SP nos Trilhos: os projetos ferroviários na carteira do estado
A obra de construção do ramal ferroviário de 101 quilômetros que conectará a mina S11D, que fica na Serra Sul, a Estrada de Ferro Carajás já foi iniciada. O ramal ligará o pátio de estocagem da mina à ferrovia. Serão 85 km da linha principal e 16 km da pera ferroviária.
O ramal faz parte do projeto S11D para a expansão da capacidade logística do Sistema Norte, que compreende a duplicação da ferrovia, renovação da linha existente, terminal ferroviário, a construção do ramal e investimentos em instalações portuárias.
A empresa já conclui cinco trechos da duplicação da Estrada de Ferro Carajás. Esses trechos totalizam 63 quilômetros. O projeto é composto por 11 trechos ferroviários.
Após a duplicação e renovação da via existente, a EFC passará a utilizar os vagões GDU com capacidade para 37,5 t/eixo (150 toneladas total). A ferrovia já tem dois mil vagões GDU para 37,5 t/eixo, que estão sendo usados somente com 100 toneladas total por conta das características atuais da linha. Segundo o diretor de engenharia da Vale, Roberto de Biasi, por enquanto, esse é o único projeto da Vale com a capacidade de 37,5 t/eixo.
A renovação da linha existente engloba a troca de brita e reforços estruturais de pontes e viadutos e dos braços dos viradores de vagões do porto de Ponta da Madeira. A previsão é que parte do projeto esteja concluída no primeiro semestre de 2015 e a finalização seja em 2018.
Seja o primeiro a comentar