As ferrovias brasileiras sustentam 30% da carga brasileira. E, próximo aos trilhos, existe um profissional que garante a conservação da malha viária. Quem faz esse trabalho é o rondante, um trabalhador pouco conhecido, mas com papel decisivo. No Rio Grande do Sul, Laércio Rodrigues Duarte atua na malha ferroviária gaúcha e percorre cerca de 12 quilômetros diários em busca de defeitos que possam causar acidentes.
“A gente tem que captar tudo o que tem de defeito para depois não ocasionar um acidente”, explica Duarte, como mostra reportagem do Bom Dia Rio Grande, programa da RBS TV.
Ao lado do colega Paulo César Silva de Paula, ele atua na captação dos problemas. A atividade serve como a base para o trabalho das equipes de manutenção. “Eu sou os olhos que verificam, os olhos da ferrovia que veem os defeitos”, completa o profissional de Paula. Os profissionais caminham pelo trecho, anotam os defeitos e passam para um supervisor.
Existem vagas para rondante no Rio Grande do Sul. A única empresa ferroviária que atua no estado, exige apenas o ensino fundamental incompleto. Não é necessário ter formação específica como rondante, mas é preciso conhecimento em cálculos. A remuneração para o cargo, entre salários e benefícios, chega a R$ 1 mil.
Segundo a coordenadora de recursos humanos Viviane Endres, o candidato deve ter disposição para o trabalho ao ar livre e caminhar, em média, 40 quilômetros por semana.
“Na verdade é um desafio para nós, a gente não busca um profissional, um colaborador que tenha experiência, a gente vai treinar ele dentro da empresa e vai dar todas as ferramentas necessárias. Por ser um trabalho muito operacional, cansativo e mão na massa, os profissionais não estão dispostos a aceitar esta atividade, este processo todo, ele vai estar disponível e disposto a estar sob o sol, sob a chuva, então é complicado para a área de recursos humanos para fazer estas contratações”, completa a especialista.
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