O metrô de São Paulo está em greve geral por tempo indeterminado a partir de hoje. Os metroviários votaram pela paralisação após assembleia realizada na noite de ontem, na qual foi rejeitada a proposta do Metrô. A uma semana do início da Copa do Mundo, quatro das cinco linhas de transporte público subterrâneo da capital estão fora de funcionamento. A única linha que opera normalmente é a Linha 4-Amarela, representada por um sindicato diferente.
Ao mesmo tempo, agentes da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) também anunciaram, após assembleia, paralisação total das atividades.
Ainda na noite de ontem, o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) concedeu liminar ao Metrô garantindo 100% de operação da rede nos horários de pico e 70% nos horários de vale. O sindicato, no entanto, afirma que o documento chegou após a realização da assembleia e que não houve tempo hábil para votar novamente se eles seguiriam ou não a determinação da Justiça. Estão marcadas duas reuniões de reconciliação para hoje, uma de manhã e outra à tarde.
Os metroviários pedem reajuste salarial acima de dois dígitos desde que iniciaram os indicativos de greve, há três semanas. Na audiência de conciliação de ontem, o Metrô aumentou a proposta de reajuste de 7,8% para 8,7%. O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) havia sugerido reajuste de 9,5%. No encontro anterior, na segunda-feira, os funcionários pediram aumento de 16,5% nos salários. A paralisação deve afetar cerca de 4,5 milhões de pessoas.
Segundo Sérgio Carioca, diretor do Sindicato dos Metroviários de São Paulo, foi oferecida como alternativa à greve a adoção de catracas livres a partir de hoje e operação normalizada, mas a oferta foi recusada. “Haverá paralisação de 100% dos trabalhadores. Não há condições de colocar um efetivo mínimo. É uma greve geral e a categoria está unida”, disse.
Já os agentes da CET pedem reajuste de 12,9%. A empresa oferece 8%. Cerca de 1,8 mil fiscais deverão cruzar os braços segundo o sindicato da categoria.
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