“Logística do PAC não tem sido um sucesso”

Com calma e falando baixo a uma plateia composta em sua maioria por economistas e estudantes, a economista Maria da Conceição Tavares criticou os investimentos em logística feitos no país, incluindo as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal, voltadas para o setor. Ela disse que os projetos avançam de forma lenta, quando deveriam ser uma das prioridades. “A logística do PAC não tem sido um sucesso, tem sido um insucesso. Os investimentos em logística são muito baixos”, afirmou.


Para ela, o país tem a necessidade de aumentar os investimentos públicos a fim de compensar a queda dos aportes privados e evitar que a conjuntura econômica brasileira piore. “Não podemos ter desaceleração do consumo combinada a baixos investimentos”, disse ela, que participou ontem do seminário “Brasil em Perspectiva II”, organizado pelo Centro de Altos Estudos Brasil Século XXI, no Rio.


O problema, ponderou ela, é que há uma grande disputa por crédito de longo prazo, o que dificulta investir. Maria da Conceição, no entanto, disse que há setores que se destacam com investimentos. “A exceção são as indústrias ligadas a recursos naturais, como a naval, ligada à Petrobras, e o setor do agronegócio”, disse.


A política de reajuste salarial que vem sendo praticada pelo governo nos últimos anos deve continuar independentemente de quem seja eleito presidente, disse Maria da Conceição. Ela destacou que a combinação entre aumento de salário e expansão do crédito é que vem expandindo o mercado de consumo interno e essa característica precisa ser preservada. “Não creio que vamos mudar de estratégia. Não vamos mudar. Se tocar na política salarial, a Previdência [Social] vai para o inferno”, disse.


A atual regra de reajuste do salário mínimo é baseada no Índice Nacional Preços ao Consumidor (INPC) mais a variação do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes.


Já a política monetária, na avaliação da economista, deveria mudar, até para dar mais competitividade à indústria. Ela disse que a atual faixa do câmbio, flutuando entre R$ 2,25 e R$ 2,30 está boa, o que é preciso é uma


“mãozinha” dos juros. “Câmbio e juros andam ao contrário no Brasil. Sobe juros para desvalorizar câmbio. Se continuar [com essa prática], fica difícil puxar crescimento”, afirmou a economista.


Sobre economia internacional, a economista descartou mudança imediata no panorama. “Não podemos esperar uma recuperação de curto prazo, porque ela não vai se dar”, disse. De acordo com ela, a economia mundial cresce pouco e apenas os países asiáticos continuam se destacando positivamente, crescendo acima da média, apesar de ter desacelerado o ritmo de expansão nos últimos anos.


Por conta disso, o Brasil está com dificuldades em exportar para economias centrais, como Estados Unidos e zona do euro, disse. O reflexo disso é um dos fatores que levam à baixa produção industrial, destacou Maria da Conceição. “O valor adicionado da indústria bruta da indústria está diminuindo em relação ao PIB brasileiro. Mas está caindo no mundo inteiro. Não tenho conhecimento de que haja crescimento em nenhum país”.

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