Na manhã desta terça-feira (3) vazamentos de água foram flagrados no Subúrbio do Rio, na Avenida Pastor Martin Luther King, em Irajá, segundo a Cedae, por conta da tubulação destruída por vândalos, e na Avenida Dom Helder Câmara, em Cascadura, como mostrou o RJTV.
Mas no canteiro de obras da Linha Quatro do metrô, na Gávea, Zona Sul da cidade, o que parecia ser um desperdício de água, não era: a água usada para a lavagem de carros e máquinas vem do reaproveitamento, principalmente dos jumbos, equipamentos que furam a rocha para a introdução de bananas de dinamite.
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A água que resfria as brocas e limpa os restos da pedra volta para tanques onde é decantada e tratada para reuso.
Os jumbos são responsáveis por 90% da água utilizada para reuso. Somente na estação e nos túneis da Gávea, cinco milhões de litros são reaproveitados por mês.
“A água não é potável. Ela é utilizada nos equipamentos, que são muito sensíveis, e para lavar os caminhões, as máquinas que vão circular pela cidade, além de lavar os canteiros, molhar as plantas”, diz Rodrigo Vieira, subsecretário de Projetos Especiais do governo.
Ele afirma que nenhum canteiro do metrô usa água da Cedae e que, somente assim, com sustentabilidade, é possível levar adiante uma obra como a do metrô, de 16 quilômetros, ligando a Zona Sul à Zona Oeste.
“Não dá para pensar em fazer metrô sem um circuito fechado de água, onde a gente aproveite toda a água que utiliza na escavação. Desde 2011, mais de 200 milhões de litros, equivalente ao consumo de uma cidade com 20 mil residências, já foram tratados e utilizados nessa obra entre a Barra da Tijuca e a Gávea”, disse.
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