Um dos grandes gargalos logísticos hoje no Brasil é a falta de uma estrutura intermodal para conectar importantes pontos de escoamento de cargas. Com o anúncio da segunda fase do Programa de Investimento em Logística, lançado em 2012 pelo governo federal, o país receberá investimentos de R$ 86,4 bilhões em ferrovias, que devem ser aplicados até o fim de 2018.
O Centro-Oeste é a região mais carente de conexões. Estão previstos investimentos no trecho entre Lucas do Rio Verde (MT) e Miritituba (PA) e nos trechos da ferrovia Norte-Sul, entre Palmas (TO) e Anápolis (GO) e entre Barcarena (PA) e Açailândia (MA) e entre Anápolis, Estrela D’Oeste (SP) e Três Lagoas (MS).
Segundo Vicente Abate, presidente da Associação Brasileira da Indústria Ferroviária (Abifer), expandir a malhar para a região é fundamental. Segundo ele, o transporte de carga de longas distâncias deve evoluir para uma combinação de ferrovias, hidrovias e rodovias – o transporte intermodal.
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De acordo com dados do Balanço do Transporte Ferroviário de Cargas no Brasil de 2013 da Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF), as condições de acesso ferroviário aos portos e a falta de incentivos fiscais para a construção de terminais multimodais são algumas das principais dificuldades a serem superadas.
Hoje, o transporte de carga ferroviária atende principalmente produtos para exportação como grãos e minério. Como o país recebe muitos produtos importados, os vagões poderiam voltar cheios para o Centro-Oeste.
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