Russos se interessaram pelo Plano de Investimento em Logística de Ferrovias que vem sendo implementando pelo governo federal, também com trilhos previstos para Mato Grosso. O anúncio foi feito pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), depois da viagem do diretor da autarquia, Jorge Bastos, à Ásia, onde se reuniu com representantes da empresa RZD – Companhia Ferroviária da Rússia –, uma das maiores do mundo. Detalhes não foram dados, contudo, desdobramentos devem ser conhecidos nos próximos meses.
No plano do governo, há intenção para concessão 950 quilômetros de Sinop a Miritituba (PA). Entidades do agronegócio, com a Associação dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil), têm defendido a construção de ferrovia para escoar parte da produção de soja, milho, algodão, carne e madeira do Médio Norte. O ex-presidente Glauber Silveira já chegou a declarar que os estudos apontam investimentos de R$ 6 bilhões e com o potencial de escoar 30 milhões de toneladas até 2020.
POD NOS TRILHOS
- Investimentos, projetos e desafios da CCR na mobilidade urbana
- O projeto de renovação de 560 km de vias da MRS
- Da expansão da Malha Norte às obras na Malha Paulista: os projetos da Rumo no setor ferroviário
- TIC Trens: o sonho começa a virar realidade
- SP nos Trilhos: os projetos ferroviários na carteira do estado
Está em estudo também a ferrovia Transoceânica, com previsão de formar um corredor de escoamento entre os oceanos Atlântico e Pacífico, com expectativa de terminal em Lucas do Rio Verde. Ela partiria do Peru, passando pelo Acre, Rondônia, Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais e Rio de Janeiro, em mais de 4 mil quilômetros. São estimados pelo menos R$ 30 bilhões em investimentos para agilizar o escoamento da produção agrícola, principalmente a mato-grossense.
Essa ferrovia já chamou atenção também de investidores indianos, que recentemente visitaram Rondônia, por onde devem seguir os trilhos saindo de terras mato-grossenses. Eles vêm trabalhando com a construção de um laço comercial com o Brasil, na produção agrícola de produtos como soja, milho, cacau, café e madeira do tipo teca.
Em ambos casos, o governo prevê concessão de 30 anos com retorno de investimentos pelos empreendedores.
Seja o primeiro a comentar