A canadense Bombardier recusou uma oferta chinesa por até 100 por cento de sua preciosa unidade ferroviária, segundo documentos vistos pela Reuters, demonstrando sua relutância em ceder o controle da unidade para uma empresa estatal chinesa neste momento.
A Beijing Infrastructure Investment Co (BII), uma estatal que opera 18 linhas de metrô na capital chinesa, fez oferta para adquirir entre 60 e 100 por cento da Bombardier Transport, segundo carta datada de 14 de agosto vista pela Reuters descrevendo a proposta.
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A Bombardier, que está buscando levantar dinheiro listando uma fatia minoritária de sua unidade de transporte ainda neste ano, é atrativa para companhias chinesas como a BII que, encorajadas pelo governo chinês, estão buscando adquirir tecnologia estrangeira líder em seus segmentos para desenvolver seus negócios e aumentar sua presença global.
A venda de uma fatia majoritária iria, no entanto, expor a Bombardier a uma pressão política em sua província natal de Quebec, onde gera empregos com altos salários que poderiam ser perdidos com uma aquisição estrangeira em um momento em que a economia canadense entrou em recessão.
O vice-presidente de fusões e aquisições da Bombardier, Louis Veronneau, rejeitou a proposta em carta endereçada ao presidente do Conselho da BII, Tian Zhenqing.
“Não estamos explorando uma transação envolvendo uma fatia majoritária neste momento”, escreveu Veronneau em 21 de agosto.
Procurada pela Reuters, a BII se recusou a comentar o assunto.
Além de seu negócio de trens, a Bombardier atua no desenvolvimento e na produção de aviões regionais e executivos, mercados em que compete com a brasileira Embraer, entre outras.
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