VLT de Cuiabá continua sem decisão

O governador Pedro Taques (PSDB) afirmou, nesta quarta-feira (9), que só irá decidir sobre o futuro das obras do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), em Cuiabá e Várzea Grande, no mês de dezembro.

Esse é o prazo estabelecido para que a empresa de consultoria, contratada pelo Estado, entregue a avaliação de viabilidade econômico-financeira e operacional do modal de transporte coletivo.

A contratação da empresa obedece a uma decisão do juiz da 1ª Vara Federal de Mato Grosso, Ciro Arapiraca, que suspendeu por quatro meses o contrato e o aditivo para a retomada das obras.

O serviço de consultoria vai custar R$ 4 milhões aos cofres públicos. No entanto, Taques disse que o valor será descontado no contrato com o consórcio responsável pelas obras do VLT.

O governador admitiu que o VLT precisa ficar pronto, porém, afirmou que não vai entregar “obra meia boca” para população.

Segundo ele, esse tipo de obra foi feito na gestão passada, quando inaugurou o Viaduto Jamil Nadaf, conhecido como o Viaduto da Sefaz, na Avenida do CPA, com grande risco de desabamento.

“Se eu fosse um irresponsável, diria que iria entregar o VLT em tal prazo. Mas, entregar obra meia boca não é como trabalhamos nessa atual administração”, afirmou Taques, em entrevista coletiva para mais de 80 emissoras de rádio de Mato Grosso.

O governador disse ainda que a gestão de Silval Barbosa (PMDB) foi uma “vergonha”, já que não conseguiu entregar o que foi prometido.

Ele recordou que uma comitiva de autoridades da época, liderada pelo próprio Silval, esteve em Portugal conhecendo o projeto de VLT no país. De lá, segundo Taques, voltaram convictos de trocarem o modal “sem qualquer embasamento técnico”.

“Eu defendi, desde o início, a construção do BRT [Bus Rapid Transit], mas o governador e algumas pessoas foram para Portugal sonhar com o VLT e transformaram o projeto de R$ 480 milhões em um de R$ 1,47 bilhão. Era para ficar pronto para a Copa do Mundo, mas, por vergonha da administração passada, não ficou”, disse.

Conforme o governador, dos R$ 1,47 milhões, já foram pagos R$ 1,066 bilhão para o consórcio responsável pelas obras. Em contrapartida, apenas 16% da obra física estão prontas.

Recuperação dos canteiros

Ainda sobre o VLT, Taques disse que os R$ 6 milhões que serão investidos para recuperar os canteiros serão descontados do valor da obra.

“A Justiça determinou que o Estado pode desembolsar esta quantia, mas ela será saldada pelo consórcio que está tocando a obra mais para frente”, disse.

Fonte:  Mídia News

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