A presidente Dilma Rousseff cobrou providências das empresas responsáveis pelo rompimento de duas barragens de rejeitos da mineradora Samarco na região de Mariana (MG) e Colatina (ES). Dilma exigirá que as controladoras das minas – a Vale e a BHP Billiton – arquem com as indenizações pelos impactos social e ambiental na região.
O ministro da Integração Nacional, Gilberto Occhi, disse que Dilma cobrou providências “rigorosas” e que não admirá que se repita no Brasil o mesmo grau de impacto ambiental ocorrido na tragédia do Golfo do México.
Há cinco anos, a explosão de uma plataforma de petróleo no Golfo do México, nos EUA, provocou a morte de trabalhadores e o vazamento de cinco milhões de barris de petróleo no mar, com danos ambientais irreparáveis. Nesta quinta-feira, o “Diário Oficial da União” publica a criação de um comitê gestor, para acompanhar a evolução dos impactos sociais e ambientais da tragédia. O risco é de que a poluição que já atingiu os rios da região chegue ao mar.
De início, segundo Occhi, a prioridade é cobrar da Samarco que assegure o abastecimento de água nos municípios atingidos, inclusive com a contratação de caminhões-pipa, e a garantia de reconstrução das casas. Segundo o ministro, os responsáveis legais das empresas envolvidas se mostraram “dispostos” a atender as diretrizes do governo.
Hoje, Dilma, Occhi e a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, além do ministro da Educação, Aloizio Mercadante, sobrevoam as áreas atingidas pela tragédia. Dilma determinou que a Casa Civil convoque uma reunião com representantes da Samarco, Vale e BHP para estimar e definir o valor do prejuízo.
O governo avalia que as indenizações, multas e reparações são de responsabilidade das empresas privadas que exploram as minas. O ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, deve agendar uma reunião com os representantes legais das três empresas, ainda para esta semana.
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