O secretário Estadual de Transportes Carlos Roberto Osório afirmou nesta quinta-feira (17) que a crise financeira no governo que já está afetando, principalmente, as áreas da saúde e educação não devem interferir nos planejamentos da área de transportes para 2016. Osório esteve inaugurando a chegada do 15º trem da Linha 4 que já entrou em operação nesta manhã. O novo trem completa a frota da Linha 4 do Rio de Janeiro que está toda em operação no sistema metroviário atual.
De acordo com o secretário, a crise não atrapalha os planos para o próximo ano porque a área de transportes estadual é concedida à iniciativa privada para os concessionários que fazem a operação tanto das barcas, metrô, trens e os ônibus intermunicipais.
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“Não é o estado que opera diretamente. Se fosse, e nós vivêssemos uma crise dessa há 15 anos, provavelmente nós estaríamos em maus lençóis, porque isso afetaria também o funcionamento de empresas que na verdade eram públicas e subsidiadas pelo estado”, explicou o secretário.
Osório disse ainda que não há impacto no atendimento ao usuário, já que também é responsabilidade dos concessionários.
“Evidentemente que novos projetos que exijam recursos do estado ficam prejudicados, mas o nosso principal projeto que são as obras da Linha 4 já têm recursos assegurados e não tem nenhum impacto”, disse Osório.
Expansão da Linha 2
A expansão Linha 2 também é um dos planos para 2016 e, segundo o secretário, também não será prejudicado pela crise.
“Nós estamos trabalhando, mesmo nesse momento de crise, para viabilizar a expansão da linha 2, que é o próximo grande desafio do sistema metroviário do Rio. Em parceria com a MetrôRio, que é a concessionária, estamos contratando um projeto de engenharia que deve ficar pronto em agosto do ano que vem. Nós entendemos que a linha 2 possa ser uma expansão com uma participação grande da iniciativa privada pelo bom custo-benefício dela. Num momento de crise, quando você tem dificuldades de executar projetos, talvez seja uma boa oportunidade para nós elaborarmos projetos e, por isso, estamos desenvolvendo um plano diretor metroviário que vai ficar pronto em março e que é um plano de desenvolvimento do metrô para os próximos 30 anos”, disse Carlos Osório.
“Operação Verão”
Uma operação para diminuir os intervalos dos trens nos fins de semana durante o verão entrará em operação neste sábado (19). Segundo Osório, a frota será aumentada em até 40% durante a Operação Verão nas linhas 1 e 2.
“A partir de sábado, a gente vai aumentar a quantidade de trens em até 40% aos sábados, domingos e feriados, dependendo do horário. E é claro que a gente calcula também pela meteorologia. A ideia é fazer com que o metrô seja a melhor opção para ir à praia, regiões turísticas da cidade, que são as áreas onde os cariocas se deslocam durante o verão. Vale também para o carnaval e feriados do réveillon. A gente quer que cada vez mais as pessoas escolham o metrô para se deslocar pela cidade”, explicou o secretário.
Para Osório, o fato da Linha 2 ser a mais carregada e ter um grande trecho a céu aberto faz com que o impacto do calor seja maior. Por isso, o secretário explicou que sete trens da nova frota da Linha 4 também entrarão em circulação na Linha 2 a partir desta quinta-feira.
“Os trens da Linha 4 que estavam todos sendo testados na Linha 1 porque a Linha 1 tem uma sinalização diferente do trecho aberto da Linha 2, então, esses sete já estão adaptados para circular na Linha 2 e entram em operação hoje. Com isso, a frota da Linha 2 vai estar praticante com todos os trens novos. Estamos fazendo isso para dar conforto e fresquinho para o passageiro da Linha 2”.
Os novos trens têm o ar condicionado 33% mais potente que os antigos. “O usuário da Linha 2 praticamente só vai andar em trem do modelo novo. Ele vai passar o verão em trens com toda frota praticamente moderna com o ar condicionado bombando”, contou Osório.
Linha 3
Segundo Osório, a Linha 3 vai continuar sendo planejada, mas, essa sim terá mais dificuldades para sair do papel por causa da falta de verba. De acordo com o secretário, esse trecho não tem tanto custo-benefício quando a Linha 2 e, por isso, precisará de verba pública.
“É uma linha de 18 km, nova, que exige construção de pátio de manutenção e toda uma estrutura separada do metrô do Rio. No ambiente econômico atual do Brasil ela se torna mais desafiadora, mas nós continuaremos a persistir esse objetivo. Estamos planejando a modelagem da concessão, o projeto conceitual de engenharia, estamos discutindo com as prefeituras de Niterói e São Gonçalo, estamos avançando em tudo que é possível na área de projeto. É indispensável contar com recursos federais e também do Tesouro Estadual que, nesse momento, não estão disponíveis. Vamos avançar no planejamento, no licenciamento ambiental, vamos avançar em tudo o que puder ser avançado enquanto a gente briga pelos recursos, principalmente em Brasília, uma vez que havia esse comprometimento do governo federal com o rio de aportar recursos na Linha 3”, explicou Osório
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