A Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) informou no fim da tarde desta segunda-feira (29) que vai abrir uma sindicância para investigar as causas do grave acidente envolvendo um trem e um ônibus coletivo em uma passagem de nível de Várzea Nova, distrito de Santa Rita, na Região Metropolitana de João Pessoa. O acidente deixou, pelo menos, três mortos e diversos feridos. Com o impacto da batida, três mulheres que estavam dentro do ônibus foram jogadas para fora do veículo e tiveram morte imediata. Nenhum passageiro do trem se feriu.
O Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa divulgou que até às 19h desta segunda-feira, dez feridos seguem recebendo cuidados no hospital, oito em estado grave. Segundo a assessoria de imprensa, não há previsão de chegada de mais nenhum ferido do acidente. O governador Ricardo Coutinho e a Secretária de Saúde Roberta Abath foram até a unidade de saúde para acompanhar o atendimento as vítimas. O prefeito de Santa Rita, também foi até o hospital. Um rapaz que estava no coletivo foi encaminhado para Unidade de Pronto Atendimento de Urgência (UPA) do bairro de Tibiri em Santa Rita.
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Em entrevista à TV Cabo Branco, o gerente operacional da empresa Santa Rita, proprietária do ônibus coletivo que se envolveu na batida, Luiz Carlos André, lamentou o acidente e disse que a empresa vai colaborar com as investigações da polícia para esclarecer o caso.
“Em primeiro lugar eu quero lamentar a tragédia e dizer que estamos solidários. Infelizmente houve vítimas. A questão do acidente, seria irresponsável dizer o que causou, o momento e de averiguar, dar subsídio à polícia para descobrir o que causou o acidente”, disse Luiz Carlos André.
O funcionário da empresa informou ainda que o motorista do veículo teve apenas ferimentos leves e que deverá prestar depoimento à polícia nesta terça-feira (1º). Ainda de acordo com o representante da empresa, o motorista teve medo de sofrer algum tipo de agressão da população e por isso, teria deixado o local do acidente. Veja no vídeo acima.
Investigações
Até as 19h30 o trânsito na passagem de nível e a ferrovia ainda estavam bloqueadas pela perícia, que trabalhava no local da colisão para levantar informações sobre o que teria causado o acidente. Inicialmente duas hipóteses foram levantadas, uma seria de que o veículo teria apresentado uma falha mecânica e a outra é de que o motorista estava parado na ferrovia porque um veículo estaria na frente do coletivo, bloqueando a passagem.
Segundo o delegado Antonio Farias, testemunhas relataram que o ônibus estava há muito tempo parado sobre a ferrovia, e que não houve reação do motorista do ônibus ao alerta sonoro dado diversas vezes pelo condutor do trem.
Não há informações se o bloqueio da ferrovia continua até pela manhã ou se vai atrasar o transporte de passageiros que utilizam os trens urbanos na Região Metropolitana de João Pessoa.
Hemocentro pede doações
A diretoria do Hemocentro da Paraíba fez um apelo para que as pessoas doem sangue para os feridos do acidente. Segundo o Hemocentro, o estoque de sangue da unidade está baixo e como os feridos estão em estado grave, há a necessidade de ter bolsas de sangue e hemoderivados à disposição dos feridos.
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