Rio Tinto corta previsão para produção de ferro após atrasos em ferrovia

A Rio Tinto anunciou nesta terça-feira (19) que pretende reduzir sua produção de minério de ferro no próximo ano, após problemas com a construção de uma linha de trem que faz a ligação de 15 minas do nordeste da Austrália aos portos da empresa.

O projeto AutoHaul, cujos comboios foram projetados para operarem sem condutores, tem valor de US$ 518 milhões e foi vendido a investidores como uma forma de usar menos trabalhadores e combustível, além de dar maior flexibilidade aos horários de carregamentos. Apesar das expectativas, o plano, que deveria ter sido concluído no ano passado, ainda não passou da fase de testes.

“Com o atraso no AutoHaul, a produção de Pilbara deve ficar entre 330 e 340 milhões de toneladas métricas em 2017”, ante expectativa anterior de 350 milhões, afirmou a mineradora. Um porta-voz da companhia não quis comentar sobre quando a linha de trem estará operante.

A Rio Tinto, a maior exportadora de minério de ferro juntamente com a Vale, não deu detalhes sobre suas projeções para a produção no próximo ano. No entanto, ela manteve sua previsão de embarcar 350 milhões de toneladas em 2016. Nos três primeiros meses do ano, a companhia embarcou 80,8 milhões de toneladas métricas, queda de 12% em relação ao trimestre anterior, mas alta de 11% em relação ao mesmo período do ano passado.

Analistas dizem que problemas na produção de minério de ferro na Austrália e no Brasil ajudaram a sustentar o preço da commodity, que subiu 24% no primeiro trimestre. Ainda assim, operadores estão bastante cautelosos quanto as perspectivas do mercado.

Na terça-feira, o Citi projetou que os preços do minério de ferro recuariam abaixo de US$ 40 por tonelada no final do ano. Atualmente, os contratos estão próximos de US$ 60.

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