Segunda etapa do relatório do VLT em Cuiabá será apresentada hoje

O governador Pedro Taques (PSDB) reúne todo o seu secretariado nesta quinta-feira (7) para apresentar o relatório produzido pela KPMG Consultoria acerca das obras de implantação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT). De acordo com ele, três pontos serão debatidos.

O primeiro diz respeito ao valor que já foi gasto até o momento com a obra, o modelo de operação a ser escolhido e o molde tarifário.

O relatório referente a estes três “produtos” foi entregue à Justiça Federal pela empresa no último dia 28.

A medida se faz necessária tendo em vista que a contratação da consultoria foi uma determinação da Justiça. Além disso, foi elaborado o relatório referente à aquisição dos vagões.

A intenção era verificar se os 40 vagões são suficientes para a implantação do novo modal, ou se foi comprado a mais. Também está inclusa no documento questões envolvendo o valor global do contrato.

Taques quer saber se o preço unitário de cada produto é compatível com o valor geral do contrato, que é de R$ 1,77 bilhão.

A obra paralisada há mais de um ano já consumiu R$ 1,06 bilhão dos cofres públicos e mais R$ 600 milhões devem ser empregados. O incremento foi apontado no primeiro relatório.

Dos R$ 600 milhões que ainda serão empregados na obra, o governo já tem R$ 200 milhões assegurados pela Caixa Econômica Federal. Os outros R$ 400 milhões estão sendo viabilizados via Ministério das Cidades, onde, segundo o secretário de Cidades, Eduardo Chiletto, as conversas já estão adiantadas.

O trabalho sobre a viabilidade do VLT foi desenvolvido pela KPMG Consultoria.

Em janeiro, a empresa apresentou a primeira parte do trabalho, que abordou a viabilidade financeira para conclusão do modal.

Investigações

Enquanto o governo sinaliza pela retomada das obras do VLT, a CPI das Obras da Copa intensifica as investigações na obra inacabada. O líder do governo na Assembleia Legislativa, Wilson Santos (PSDB), afirmou que a compra dos vagões do VLT pode ter gerado um pagamento de propina de aproximadamente R$ 88 milhões.

Segundo o parlamentar, um comparativo entre o valor da obra orçado pela Secretaria Extraordinária da Copa (Secopa) e o valor da proposta do consórcio vencedor do certame mostra uma diferença a maior de 21,3% no item “material rodante”.

Conforme planilha do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT), o Estado previu um gasto de R$ 410,6 milhões para a aquisição dos vagões, mas pagou o total de R$ 497,9 milhões ao consórcio VLT Cuiabá-Várzea Grande.

Na avaliação do deputado, em que pese o consórcio ter apresentado uma proposta global com valor menor do que o estimado pelo governo (R$ 1,477 bilhão contra R$ 1,632 bilhão), pode ter ocorrido um “jogo de planilhas”.

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