Os trabalhadores da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) vão avaliar, em assembleias, nova proposta de reajuste salarial, apresentada nesta terça-feira (17), durante audiência realizada no Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-2), em São Paulo. Depois de intermediação do vice-presidente judicial, Wilson Fernandes, o índice passou dos 5,22% iniciais para 10,44%, em duas parcelas (março e setembro).
Os três sindicatos de ferroviários, além dos engenheiros, deverão fazer novas assembleias na próxima segunda-feira (23), para avaliar a proposta. Nesse mesmo dia, segundo o TRT, haverá outra audiência para que a companhia informe seu posicionamento sobre a sugestão do juiz de aplicar os 10,44% em benefícios como vale-refeição e vale-alimentação, além de equiparação, a partir de janeiro de 2017, aos valores que venham a ser fixados para os metroviários, que também estão em negociação.
No início da reunião, a CPTM manteve a proposta do dia 9: 5,22% de aumento, também em duas parcelas, índice rejeitado pelos sindicalistas. O desembargador propôs, então, o índice de 10,44%, próximo à variação do IPC-Fipe em 12 meses, até fevereiro (10,43%). Os trabalhadores ameaçavam entrar em greve na semana passada, mas concordaram com o pedido do juiz de esperar pela audiência de hoje.
A CPTM é empresa de economia mista do governo estadual, vinculada à Secretaria dos Transporte Metropolitanos. Fechou 2015 com 8.570 funcionários, ante 8.752 no ano anterior. Transportou, em média, 831,4 milhões de passageiros (832,9 milhões em 2014).
Seja o primeiro a comentar