Emissões externas já somam US$ 8,75 bi

As emissões de bônus no exterior por empresas brasileiras, desde que a Petrobras reabriu o mercado com uma captação de US$ 6,75 bilhões, em meados de maio, já somam US$ 8,75 bilhões. Além da petroleira e da Marfrig, que obteve US$ 750 milhões no fim do mês passado, ontem foi a vez da Vale captar US$ 1,25 bilhão em oferta que não precisou nem de um dia inteiro para colocação – por volta das 14 horas de Nova York, o livro com as propostas dos investidores já estava fechado.

Com as empresas que ainda estão em ‘roadshow’ (Cosan e Eldorado Brasil Celulose), o total captado pode alcançar US$ 10 bilhões nos próximos dois dias, volume que já supera em 31,6% os US$ 7,6 bilhões em emissões de bônus corporativos de todo ano passado.

O que une as operações é a busca de recursos para gestão de passivo, isto é, troca de dívida velha por nova, com o objetivo de alongar prazos, já que as empresas estão altamente alavancadas. A estratégia vale ainda que tenham que pagar um custo mais alto do que costumavam nos tempos de mercado aquecido. Afinal, desde o ano passado, o Brasil já não tem o selo de bom pagador.

As captações de Petrobras, Marfrig e agora Cosan foram estruturadas de forma casada recompras de títulos mais curtos. No caso de Vale, segundo a empresa, os recursos serão usados, entre outros, para amortização de dívida. Eldorado também deve usar o dinheiro, segundo relatório da Fitch, para alongar o perfil de dívida.

Leia mais em: Vale muda estratégia e opta por emissão de 5 anos

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