CSN analisa últimas três propostas pelo Sepetiba Tecon

A CSN restringiu para três o número de interessados no seu
terminal de contêineres, o Sepetiba Tecon, no porto de Itaguaí (RJ), apurou o
Valor. Restam sobre a mesa as propostas da gigante operadora de terminais PSA,
de Cingapura; da Terminal Link (ligada ao armador francês CMA CGM) e que está
associada à gestora de ativos logísticos Logz; e da brasileira Multiterminais.
Todos os nomes foram antecipados pelo Valor. A estimativa é que o negócio possa
ser concluído ainda neste mês. Procurada, a CSN preferiu não se manifestar.

Até o mês de abril, cinco propostas estavam no páreo, entre
elas a da brasileira TCP e a do grupo turco Yildirim. Originalmente a maioria
das ofertas era para aquisição integral do terminal, mas a CSN reviu a
estratégia e quer agora se desfazer apenas de parte do negócio, atraindo um sócio.
Por essa razão, os interessados adaptaram suas ofertas.

A PSA e a Terminal Link propõem comprar 50% do Sepetiba e
ficar responsável pela operação do ativo. Já a Multiterminais ofertou à CSN um
plano de fusão com o Sepetiba Tecon.

A parceria com a PSA é a que mais atrai a CSN, apurou o
Valor, pela perspectiva de progresso. A PSA é o maior operador mundial de
terminais de contêineres, tem expressão global e capacidade de atrair
armadores, garantindo as escalas de navios. No ano passado, movimentou em todos
terminais que tem no mundo 54 milhões de Teus (contêiner padrão de 20 pés). Os
portos brasileiros escoaram no período 9,1 milhões de Teus.

O Sepetiba foi avaliado entre R$ 1,2 bilhão e R$ 1,5 bilhão.
A venda faz parte da iniciativa da CSN para baixar sua dívida líquida ajustada,
que encerrou o ano passado em R$ 26,5 bilhões. A alavancagem, medida pela
relação entre dívida líquida e o lucro antes de juros, impostos, depreciação e
amortização, fechou em 8,15 vezes.

Também a TCP, controladora do Terminal de Contêineres de
Paranaguá e da empresa de serviços logísticos TCP Log, propôs à CSN uma fusão
com o Sepetiba Tecon. Pelo negócio, a empresa oriunda da fusão seria controlada
pela CSN e pelos acionistas da TCP. Mas a participação acionária da nova
empresa não agradou a siderúrgica. O modelo de fusão interessou à companhia,
mas a fatia de cada um na nova empresa de operação portuária, que nasceria com
um portfólio forte, precisaria ser melhor ajustada para decolar.

 

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