O governador Geraldo Alckmin (PSDB) anunciou que foram
retomadas nesta sexta-feira, 12, as obras das quatro estações da linha4-Amarela
do Metrô. Paralisadas desde julho do ano passado, após o contrato com o
consórcio responsável ser rescindido, a primeira estação a ser entregue será a
Higienópolis-Mackenzie, em um ano. As estações foram prometidas inicialmente
para 2014.
“A obra já está novamente contratada. Já deveria estar
pronta, lamentavelmente, o consórcio abandonou a obra. Tomamos todas as
providencias, porque não há ninguém mais interessados que nós [o governo do
Estado] pra entregar as obras. Infelizmente, a empresa quebrou e tivemos que
abrir nova licitação”, disse o governador.
O contrato para as obras também ficou R$152 milhões mais
caro do que o anterior. As obras da segunda fase da linha – que ligará a Luz,
no centro, à Vila Sônia, zona oeste da capital – foram iniciadas em 2012, mas o
Metrô reiscindiu o contrato em julho de 2015 pelo não cumprimento do acordo por
parte da construtora.
Até julho de 2015, quando os dois contratos com a empresa
Isolux Corsán foram rescindidos por atrasos na execução, o custo seria de R$
706,9 milhões. Durante a vigência do negócio, o Metrô pagou à empresa R$ 236,9
milhões, 33,7% do total. Das estações previstas, só a Fradique Coutinho foi
entregue e entrou em operação em novembro de 2014.
O Metrô relicitou a obra, dessa vez por R$ 858, 7 milhões.
De acordo com Clodoaldo Pelissioni, secretário de transportes metropolitanos, o
novo contrato ficou mais caro porque o novo projeto é mais completo que o
anterior. “[Agora] a obra saiu com o projeto executivo definitivo. O
projeto ficou mais completo, vamos ter menos projeções de aditivos ou
modificações. Por isso, saiu um pouco mais cara, mas temos uma convicção maior
do cumprimento dos prazos”, disse o secretário.
Ainda segundo Pelissioni, o consórcio que abandonou a obra
foi multado em R$ 23 milhões e está proibida de participar de licitações de
obras do Estado em 2 anos. O pagamento da multa ainda está em disputa judicial,
mas, segundo o secretário, assim que for pago, o valor será usado para
investimento em outras obras.
Além da entrega da estação Higienópolis-Mackenzie em 12
meses, o governador informou que o cronograma das obras também prevê a
conclusão da estação Oscar Freire em 15 meses; a estação São Paulo-Morumbi, em
18 meses; e a estação Vila Sônia o terminal de ônibus integrado, em 36 meses.
“Essa daqui [Higienópolis-Mackenzie] é a mais
adiantada, está mais de 60% concluída. O túnel sob a rua da Consolação já está
pronto e haverá dois acessos à estação, um pela Consolação e outro na rua Rio
Preto”, disse Alckmin.
Chacina. Um ano depois da maior chacina da história do
Estado, em 13 de agosto, quando 17 pessoas foram assassinadas e três policiais
militares e um guarda-civil foram apontados como os responsáveis pelas
execuções, o governador voltou a prestar solidariedade aos familiares das
vítimas.
“[Presto] nossa total solidariedade às famílias e ao
compromisso com a apuração dos fatos. Foi feito todo um trabalho de investigação,
dos oito denunciados, a Justiça aceitou a denúncia contra quatro que vão para
júri popular. Os demais vamos ter que aguardar. Os sete PMs acusados já estão
com processo de expulsão da corporação, mas temos que esperar o prazo para o
direito de defesa”, disse Alckmin.
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