Prefeitura gasta R$ 1 milhão com BRT para suprir uma hora a menos de metrô nos Jogos

Uma hora a menos de operação da Linha 4 do metrô durante 12
dias fez a Prefeitura do Rio gastar R$ 1 milhão com um serviço complementar
para dar conta da volta do público do Parque Olímpico da Barra para o Centro,
parando na Zona Sul. A solução encontrada foi o BRT provisório, com 12 estações
entre São Conrado e a Central do Brasil. No entanto, ele não começou a operar
anteontem — como havia sido anunciado pela Prefeitura do Rio.

O gasto do município foi com a construção de plataformas
provisórias. Com o serviço, o passageiro não precisa ir até o Jardim Oceânico,
trocar para a Linha 4 do metrô e depois passar para a Linha 1. Quando foi
anunciado, a Prefeitura do Rio o tratou como uma alternativa ao metrô. No
entanto, a Secretaria municipal de Transportes (SMTR) informou que ele não
começou a operar anteontem porque o metrô funcionou até as 2h e, então, não
“havia necessidade” do serviço direto.

A SMTR esclareceu que o BRT direto para o Centro só opera,
entre 0h30m e 2h, quando o metrô fecha à 1h (dias 7, 8, 9, 10, 11, 14, 15, 16,
17, 18, 19 e 20). Ao ser anunciado, funcionaria em toda a Olimpíada entre 0h e
2h. Segundo a Secretaria estadual de Transportes, responsável pelo metrô, os
horários foram definidos para respeitar a “manutenção preventiva” dos trens.

Transporte dá conta

Anteontem de madrugada, como não havia serviço direto para
Zona Sul e Centro, quem mora nessas regiões precisou pegar o BRT até o Jardim
Oceânico e fazer as duas baldeações com o metrô. O esquema, apesar de mais
demorado, deu conta.

Os passageiros com o RioCard Olímpico encontravam filas para
embarcar no Terminal Centro Olímpico. No entanto, os veículos com intervalo de
dois minutos conseguiam escoar o público sem confusão — apesar de os BRTs
saírem cheios.

O cenário era parecido para quem saiu pela estação Rio II,
do Transcarioca, onde não era necessário cartão especial. Lá, o fluxo de
pessoas era menor, e a saída foi rápida. A única reclamação foi a falta de uma
bilheteria aberta na chegada dos passageiros.

 

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