Transporte coletivo ainda tem falhas, mas passa no 1º teste

O primeiro grande teste de transporte na Olimpíada
transcorreu sem grandes sobressaltos. A preferência dos 27.618 torcedores que
assistiram à vitória da seleção feminina foi pelo transporte coletivo, e o trem
que deixou a torcida na Estação Olímpica do Engenho de Dentro, a poucos passos
do estádio localizado na zona norte, funcionou. Quem optou pelo táxi teve de
caminhar pelo menos 500 metros, já que havia restrição para o tráfego de
veículos.

A Estação Olímpica foi reformada para os Jogos e entregue
para uso do público há apenas 20 dias. Os acessos são menores que os da Estação
Maracanã, mas a parada recebeu o grande fluxo de pessoas sem problemas. Os
trens, contudo, deixaram a desejar. A iluminação das composições é precária e,
sem um sistema de som interno que indique as estações, é difícil para alguém
que faz o trajeto pela primeira vez saber onde descer.

A reportagem do Estado percorreu o trajeto entre a estação
do metrô Siqueira Campos, a mais central do bairro de Copacabana, na zona sul,
e o Engenhão em 58 minutos. O tempo é considerado adequado para uma viagem de
aproximadamente 27 quilômetros.

Chamou a atenção o fato de, nas estações que levam a
instalações olímpicas, a gravação no sistema de som ter sido feita por
ex-atletas olímpicos. “Olá, eu sou Sebastian Cuattrin, canoísta olímpico. A
próxima estação é a Cardeal Arcoverde, acesso à Arena Olímpica de Vôlei de
Praia”, informa uma delas.

Na Central, não havia ninguém na plataforma de desembarque
identificado com as cores dos Jogos Olímpicos. Isso atrapalhou os torcedores
que iam ao Engenhão de transporte ferroviário pela primeira vez.

A reportagem do Estado também fez o percurso entre
Copacabana e o Engenhão de táxi. A corrida demorou 50 minutos, mas, com os
bloqueios, foi preciso caminhar mais de 600 metros a partir d o cruzamento da
Avenida Dom Helder Câmara com a Rua Henrique Scheid.

Com tempo de deslocamento semelhante, a grande diferença
entre os dois meios de transporte foi o peso no bolso: enquanto a viagem de
trem e metrô pode ser feita com menos de R$ 8 para quem compra a passagem
comum, o deslocamento de táxi custou R$ 72.

Trânsito. Os engarrafamentos olímpicos começaram na
segunda-feira, mas tendem a diminuir com os feriados de hoje e amanhã e o
início de férias escolares. O trânsito se deteriorou com a instituição das
faixas olímpicas em vias cruciais como a Linha Amarela, que liga a Ilha do
Governador, na zona norte, onde fica o Aeroporto Internacional do Galeão, e a
Barra da Tijuca, onde se localiza a Vila dos Atletas, o Parque Olímpico e
outras instalações dos Jogos. O pico de congestionamento foi de 20 quilômetros,
anteontem.

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