A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) está considerando
vender parte de sua participação na Congonhas Minérios, segunda maior produtora
de minério de ferro do Brasil, para a empresa China Brazil Xinnenghuan
International Investment (CBSteel), afirmaram ontem duas fontes com
conhecimento do assunto.
Segundo fontes dissera à Reuters, a CBSteel está interessada
em comprar cerca de 25% da Congonhas Minérios diretamente da CSN. O grupo
brasileiro de siderurgia, que detém 87,5% da mineradora, seguiria no controle
da empresa, disseram as fontes, acrescentando que as negociações estão lentas e
podem não render necessariamente em um acordo.
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A primeira fonte afirmou que qualquer acordo avaliando a
Congonhas Minérios como valendo cerca de US$ 20 bilhões tem mais chance de ser
bem-sucedida.
No início do mês, o ministro brasileiro das Relações
Exteriores, José Serra, afirmou que a CBSteel estava avaliando investimento na
construção de uma usina siderúrgica no Maranhão, com capacidade inicial para 3
milhões de toneladas de aço por ano.
Segundo a primeira fonte, a venda da participação é
importante para ajudar a CSN a reduzir a dívida que atualmente é de cerca de R$
26 bilhões. [No ano passado, a siderúrgica anunciou a venda de um pacote de
ativos para abater a dívida, mas até o momento só vendeu a fabricante de latas
Metalic por US$ 98 milhões no mês passado].
As seis companhias asiáticas que têm 12,5% na Congonhas
Minérios vão manter suas posições, segundo fontes. As empresas são as japonesas
Itochu, Nisshin Steel, JFE Steel e Kobe Steel, a sul-coreana Posco e a
taiuanesa China Steel. A companhia foi criada no fim de 2014 com a fusão da
mina Casa de Pedra com a mineradora Namisa.
Um porta-voz da CSN não comentou o assunto. Não foi possível
contatar representantes da CBSteel no Brasil. Procurada pelo Valor, a CSN
informou por meio da assessoria de comunicação que não iria se manifestar.
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