A unidade Puma, fábrica de celulose da Klabin em Ortigueira
(PR) que entrou em operação em março, deve atingir 90% da capacidade instalada
no quarto trimestre e 100% depois de março do ano que vem, quando será
realizada uma parada programada. A unidade tem capacidade de produção de 1,5
milhão de toneladas por ano, das quais 1,1 milhão de toneladas de fibra curta e
400 mil toneladas de fibra longa.
De acordo com o diretor-geral da Klabin, Fabio Schvartsman,
durante a primeira parada para manutenção, serão feitos os ajustes necessários
para que a unidade opere com estabilidade ao ritmo de 100% da capacidade.
“A unidade já atingiu 100% em alguns dias, mas depois desses ajustes,
haverá estabilidade”, comentou.
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O executivo disse ainda que a companhia já domina a
tecnologia e o processo produtivo de celulose fluff, que é usada na fabricação
de fraldas descartáveis e absorventes, “motivo pelo qual as vendas tendem
a crescer de maneira expressiva, começando no quarto trimestre”. “Ao
longo do ano que vem, a Klabin já atinge um ‘market share’ muito
significativo”, destacou.
A companhia planeja trabalhar com 300 mil toneladas de
produção de fluff por ano e 100 mil toneladas de fibra longa. Hoje, o mercado
brasileiro é justamente de 300 mil toneladas por ano, abastecido por
importações.
Questionado por um analista sobre se a Klabin acompanharia a
intenção da Suzano Papel e Celulose de reduzir a produção da matéria-prima no
ano que vem, numa tentativa de conter a queda dos preços da matéria-prima, o
executivo afirmou que a concorrente tem diversas fábricas, com diferentes
custos de produção, enquanto a companhia só conta com uma unidade. “Seria
ilógico se procurássemos trabalhar abaixo da capacidade máxima, o que levaria
ao aumento do nosso custo. A sugestão, apesar de interessante, certamente não
foi direcionada à Klabin, que tem uma linha só que está em curva de
aprendizagem”, acrescentou.
Na unidade de cartões, a Klabin já opera a plena capacidade
e tem planos de investir em uma nova máquina, mas a data do projeto ainda não
foi decidida. Já no negócio de sacos industriais, o executivo comentou que a
companhia está se aproximando rapidamente de 100% de ocupação e não conta com
produto adicional para entregar a clientes. “Esse é um problema que se
refletirá em boa solução à frente”, afirmou.
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