Moreira Franco, secretário executivo do Programa de
Parcerias de Investimentos (PPI), disse que o governo estuda com o Banco do
Brasil, a Caixa Econômica Federal e o BNDES alternativas para reduzir o risco
cambial e, com isso, atrair investidores estrangeiros ao país. Ele não deu
detalhes do que está em estudo, mas citou algumas alternativas como o estímulo
de debêntures de infraestrutura.
Queremos uma modelagem de financiamento que seja ao longo do
próprio projeto e vamos estimular debêntures de infraestrutura com
possibilidade de ter trânsito internacional. Depois das últimas viagens,
estamos mobilizando BB, Caixa e BNDES, além de organismos internacionais, para
enfrentar o risco cambial. Queremos encontrar outra solução que não seja a
indexação, já que a experiência no Brasil é catastrófica com situações difíceis
de serem superadas.
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Temos que levar para o centro dos contratos, ver questões
como o tempo, para compatibilizar o risco cambial que eventualmente existam.
Segundo ele, o objetivo é “ter condições de trazer
investidores”.
— Lançamos 36 proposições para portos, rodovias, ferrovias.
Estamos conversando sobre o saneamento em alguns estados. Isso significa ter
investimento, e isso gera crescimento e isso gera emprego. Serão 13 milhões de
desempregados até o fim do ano. E a única maneira de resolver isso é com
crescimento, gerando emprego.
O ministro disse que a modelagem para reduzir o risco
cambial ainda está em estudo pelos técnicos dos três bancos. Ele ressaltou que
“está sendo estudado que haja também a participação de técnicos e
economistas do Banco Mundial e do BID”.
— Como o câmbio é variável, os investidores têm receio de
que essa instabilidade no câmbio gere uma instabilidade em seus investimentos.
BB, Caixa e BNDES estão construindo a nova modelagem de financiamento. O risco
está incluído nessa nova modelagem. Não podemos voltar a trabalhar com
indexação que no passado foram as alternativas de estimular uma indexação, que
gerou um processo inflacionário de muita vitalidade — disse o ministro.
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