Maior fabricante nacional de papéis para embalagens, a
Klabin voltou a apostar no mercado brasileiro e a direcionar um maior volume da
produção para vendas domésticas. Ao mesmo tempo, os resultados da companhia no
terceiro trimestre mostram que a entrada em operação da nova fábrica de
celulose, em março, segue impulsionando o desempenho operacional.
De julho a setembro, a receita líquida da companhia subiu
35,9%, para R$ 1,96 bilhão, com o maior volume de vendas de celulose e alguma
melhora nas vendas de papéis e embalagens (conversão). Já o resultado antes de
juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado somou R$ 585
milhões, com crescimento de 13%, o 21º trimestre consecutivo de alta.
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No intervalo, a Klabin teve lucro líquido de R$ 31,4
milhões, comparável a prejuízo de R$ 1,34 bilhão um ano antes.
O volume de vendas totalizou 787 mil toneladas, crescimento
de 70% na comparação anual e de 25% frente ao segundo trimestre, impulsionado
principalmente pela maior disponibilidade de celulose da unidade Puma, em
Ortigueira (PR). O mercado interno respondeu por 44% do volume total de vendas
da companhia, frente a participação de 67% um ano antes, em movimento explicado
pela maior participação da celulose, que tem como principal destino o mercado
externo.
As vendas de celulose no trimestre totalizaram 315 mil
toneladas, alta de 74% na comparação com os três meses anteriores. A
matéria-prima é produzida na unidade Puma. A receita com a produto, por sua
vez, subiu 72%, para R$ 491 milhões, dos quais R$ 313 milhões referentes à
fibra curta.
A produção de celulose de fibra curta (eucalipto) ficou em
209 mil toneladas no trimestre, alta de 20% frente ao volume produzido nos três
meses anteriores, e a de fibra longa avançou 52%, a 85 mil toneladas.
No negócio de papéis, porém, a recente valorização do real
levou a companhia a direcionar parcela maior de produção ao mercado doméstico,
o que fez com que a participação das vendas internas subisse a 66% entre julho
e setembro, frente a 64% no trimestre imediatamente anterior.
A receita com a venda de papéis (kraftliner e cartões
revestidos) alcançou R$ 725 milhões, com queda de 4% na comparação anual e alta
de 2% frente ao segundo trimestre. Já o negócio de conversão da companhia gerou
receita de R$ 621 milhões, com expansão de 8% frente ao apurado um ano antes e
de 5% em relação aos três meses anteriores.
As vendas de cartões mantiveram-se estáveis no mercado
doméstico, em 106 mil toneladas, mas subiram 13% no mercado externo, a 75 mil
toneladas, diante da “receptividade do produto em mercados crescentes como
China e sudeste asiático”.
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