A rentabilidade das exportações brasileiras despencou em
agosto, com queda de 14,7% na comparação com igual mês do ano passado. O que
tirou o ganho do exportador em agosto foi principalmente a forte valorização
cambial, de 8,7%. O aumento de 6,4% do custo de produção e o recuo de 0,7% nos
preços de exportação também contribuíram para a perda de margem, segundo dados
da Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior (Funcex).
No acumulado do ano a perda de rentabilidade é de 5,8%.
Apesar da desvalorização cambial forte, de 17%, houve redução de rentabilidade
em relação a igual período de 2015 por conta do recuo de 12% no preço de
exportação e da alta de 9,3% dos custos de produção.
A perda de rentabilidade em agosto foi generalizada. Apenas
um dentre os 29 setores acompanhados pela Funcex teve maior margem contra igual
mês do ano passado. Foi o setor classificado como “indústrias
diversas” que, como diz o boletim da Funcex, é pouco representativo na
pauta de exportação brasileira.
Dentre os setores com maior perda de margem em agosto estão
petróleo e gás natural (-28,1%), produtos alimentícios (-17,4%), celulose e
papel (-28,9%), máquinas e equipamentos (-19,7%) e veículos automotores
(-15,7%).
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