Lotação e tarifa alta são as principais queixas de usuários do Metrô de SP

A lotação e o preço da tarifa são os principais problemas
percebidos pelos usuários do Metrô paulista. Em uma escala de 0 a 10, esses
itens receberam notas 3,1 e 3,4, respectivamente.

Essa é uma das conclusões de pesquisa feita pelo Instituto
Locomotiva, que será oficialmente apresentada nesta quarta-feira (23). Os itens
que tiveram melhor avaliação são a limpeza (7,6) e tempo de viagem (7).

“Nossa ideia é contribuir com o debate sobre políticas
públicas de transporte, fugindo da divisão entre esquerda e direita”,
afirma Renato Meirelles, presidente do instituto.

Encomendada pelo Sindicato dos Metroviários de São Paulo, a
pesquisa ouviu 813 usuários de todas as linhas do Metrô, inclusive a linha
4-amarela, operada pela iniciativa privada. A margem de erro é de 3,5 p.p.

Meirelles explica que mais de 50% dos passageiros dão notas
8, 9 e 10 para o Metrô, ou seja, estão muito satisfeitas com os serviços.
“Esse patamar é muito superior às outras opções. O ônibus, por exemplo,
recebe 21% de notas 8, 9 ou 10, e a CPTM, 16%. Mas o grau grande de satisfação
também gera mais expectativas da população”, observa.

Apesar de considerar que o preço da tarifa é alto, a
prioridade mais citada pelos usuários entrevistados é a conclusão das estações
que estão em obras: 78% dos passageiros têm essa reivindicação, diante de 74%
que gostariam de bilhetes mais baratos e 60% que pedem mais trens nos horários
de pico (a pesquisa permitia escolhas múltiplas).

Só 4%, no entanto, querem a privatização das linhas de
metrô. Esse foi o modelo adotado para a construção e futura operação da linha
6-laranja, que atualmente tem obras paralisadas. Outra conclusão da pesquisa é
que quase todos os usuários acreditam que é dever do governo oferecer
transporte público adequado (98%) e que o metrô precisa receber mais
investimentos (92%).

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