Apenas 2% dos brasileiros acreditam que o governo deveria
eleger a infraestrutura como área prioritária. Contudo, 81% concordam que o
país precisa de investimentos em infraestrutura para se desenvolver, assim como
para 69% obras de infraestrutura incentivam a geração de emprego no país. É o
que mostra a pesquisa “Investimentos pela lógica do cidadão”,
encomendada pelo Valor ao Instituto de Pesquisas Locomotiva.
Ainda de acordo com o levantamento, 52% dos entrevistados
acham que as condições atuais de infraestrutura no Brasil atrapalham o
crescimento do país. Quando se trata de qualidade, a grande maioria (69%) tem
avaliação ruim ou péssima, com destaque para rodovias e estradas. Só 9% avaliam
esse item como ótimo ou bom.
POD NOS TRILHOS
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- O projeto de renovação de 560 km de vias da MRS
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- SP nos Trilhos: os projetos ferroviários na carteira do estado
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Para 75% dos consultados, a infraestrutura do país precisa
de muitos investimentos. Depois de rodovias, o segmento com mais necessidade de
investimentos é energia elétrica, com 52% das respostas, seguido por ferrovias
(52%), portos (41%), petróleo e gás (40%), mineração (38%) e aeroportos (32%).
Renato Meirelles, presidente do instituto de pesquisa,
destacou que a população sabe que a situação fiscal é ruim e, por isso, há
poucos recursos para obras. Entre os pesquisados, 64% acreditam que o governo
tem muitas dívidas e 44%, que não há dinheiro público para investir em
infraestrutura. Por isso, 68% concordam que o governo e o setor privado
precisam unir forças para o país voltar a crescer. Segundo Meirelles, nesse
contexto, as Parcerias Público Privadas (PPP) têm maior aceitação do que
privatizações e concessões.
A pesquisa mostrou ainda que 95% dos brasileiros acreditam
que o país está em crise, dos quais 56% consideram a situação muito grave.
“Há uma sensação de que o desemprego está mais próximo, o que leva as
pessoas a gastar menos. Pelo menos três quartos dos brasileiros conhecem alguém
que perdeu o emprego no último ano”, afirma.
Dos entrevistados, 49% não estão satisfeitos com sua vida
pessoal, uma queda relevante em relação à pesquisa anterior (76%). Em relação à
renda, 23% estão satisfeitos. Na visão de Meirelles, a insatisfação do
brasileiro está vinculada à sua capacidade de consumo.
Ainda segundo a pesquisa, que ouviu 1.157 pessoas acima de
16 anos em todo o país entre 11 e 16 de novembro, 73% julgam fundamental melhorar
a qualidade dos serviços públicos. Saúde (84%), educação (67%) e segurança
(61%) são apontadas como prioridades.
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