Governo volta atrás e reabre negociações com consórcio para retomar obras do VLT de Cuiabá

“Minha missão não é
concluir o VLT, é destravar, concluir as estações para fazer com que ele
funcione. Por isso, não quero gerar nenhuma expectativa irreal. Há quatro ações
judiciais movidas pelo Ministério Público Estadual (MPE) e também pela
Procuradoria Geral do Estado (PGE). Isso é grave, o aspecto judicial tem que
ser resolvido e rápido. Não construo um centímetro sem segurança jurídica”,
disse o secretário.

Por conta disto, ficou decidido que as conversas seriam
retomadas, com o objetivo de destravar as obras: “O Consórcio fala que precisa
de mais R$ 1,2 bilhão para finalizar as obras. Precisamos encontrar um
denominador comum nisto. O nosso governo tomou a decisão de renegociar com as
empresas. Estou pilotando este processo junto com o Ciro Gonçalves
(Controladoria Geral do Estado – CGE), Gustavo de Oliveira (Secretaria de
Planejamento – Seplan) e o gabinete do governador”, argumenta Wilson.

“Ontem sentamos longamente com os representantes do
consórcio. Espero, no mais tarde até o dia 20 de dezembro, fechar o
entendimento financeiro com a empresa. Esta decisão foi tomada porque o juiz
federal determinou que as partes se entendam em até 30 dias úteis (prazo
termina em 29 de dezembro). Caos isto não aconteça, o contrato será
rescindido”, revelou o novo comandante da pasta.

Na primeira conversa com o secretário, o Consórcio VLT se
mostrou disposto a conversar e finalizar as obras. Nos próximos dias são
esperadas novas reuniões para tentar chegar a um acordo. Nesta tarde, Wilson
Santos visita o Centro de Manutenções, localizado em Várzea Grande, para ver a
situação dos trens na garagem.

VLT

A obra do modal de transporte está paralisada desde o final
de 2014 e, devido à divergência entre os valores solicitados pelo consórcio
para concluir o VLT e o valor que a atual gestão está disposta a pagar, o
governador judicializaou a questão.

O governo passado já pagou R$ 1,066 bilhão ao consórcio VLT
Cuiabá, do total de R$ 1,477 bilhão pelo qual a obra foi contratada. Com base
no relatório da consultoria KPMG, o governo estadual ofereceu ao consórcio R$
191 milhões a mais que o contrato assinado em 2012, que foi de R$ 1,477 bilhão.
Ou seja, no total, o VLT sairia por R$ 1,668 bilhão. Para concluir a obra, o
consórcio havia solicitado o total de R$ 2,2 bilhões.

Entre os valores cobrados pelo consórcio construtor, R$ 423
milhões são referentes ao reajuste e reequilíbrio financeiro e R$ 446 milhões
de saldo (corrigido pelo Índice Nacional de Custo da Construção – INCC). No
entanto, de acordo com assessoria do Governo de Mato Grosso, o estudo da KPMG
aponta que o valor do reajuste e reequilíbrio financeiro é de R$ 176 milhões e
o saldo é de R$ 426 milhões, já com a devida correção.

Projeto

O modal terá dois eixos, Aeroporto-CPA e Centro-Coxipó, e
será implantado no canteiro central das avenidas João Ponce de Arruda e FEB, em
Várzea Grande; XV de novembro, Tenente Coronel Duarte (Prainha), Historiador
Rubens de Mendonça, Coronel Escolástico e Fernando Corrêa da Costa, em Cuiabá,
totalizando 22 km de extensão.

Fonte:  Site Olhar Direto

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