O mercado internacional de dívida continua aquecido para emissores brasileiros, e a Rumo Logística puxa a fila de estreias no ano com uma emissão de US$ 750 milhões em títulos de sete anos. A operação marca a entrada de uma empresa nova neste segmento, voltada para o setor brasileiro de infraestrutura e sem exposição direta ao dólar.
Com essa operação, o volume emitido em bônus no exterior por companhias brasileiras chega a quase US$ 7 bilhões em 2017, com destaque para a operação de Petrobras, no valor de US$ 4 bilhões. A expectativa dos bancos de investimento é que de US$ 3 bilhões a US$ 5 bilhões sejam colocados no mercado nos próximos dois meses, se o ritmo se mantiver forte.
Após encontro com investidores em Los Angeles, Boston, Nova York, Londres, Genebra e Zurique, a companhia conseguiu vender os papéis com um retorno (“yield”) de 7,375%, abaixo dos 7,875% estimados na quarta-feira, abertura do livro de ofertas. A alocação foi bem diversificada, de acordo com os bancos coordenadores, com distribuição inclusive na Ásia, e a demanda pelos títulos foi de quase US$ 3 bilhões.
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“Ela conseguiu uma taxa boa para uma empresa que foi pela primeira vez ao mercado, em um setor local, que é o de infraestrutura, e sem ter receitas em dólar. Estamos vendo um momento ótimo de mercado, a operação foi bem recebida e mostra que os investidores estão receptivos para novas histórias e novos nomes”, afirmou um banqueiro.
De acordo com outra fonte que também preferiu não ser identificada, a companhia vem de vários movimentos positivos, com o alongamento de dívida local com grandes bancos e uma oferta subsequente de ações, até chegar na emissão de bônus.
De acordo com outra fonte que também preferiu não ser identificada, a companhia vem de vários movimentos positivos, com o alongamento de dívida local com grandes bancos e uma oferta subsequente de ações, até chegar na emissão de bônus.
Os recursos serão usados para pagar dívidas de curto prazo e o restante para propósitos gerais da companhia. A S&P Global Ratings e a Fitch atribuíram o rating “BB-” à operação.
Por não ter exposição direta à moeda americana, a empresa deve ter que realizar uma operação de swap para contornar a questão do câmbio. Isso, no entanto, só deve acontecer após a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) aprovar a garantia dada pela ALL América Latina Logística Malha Norte e, até lá, os recursos não devem ser usados pela Rumo.
As instituições financeiras coordenadoras da operação foram BB Securities, Bradesco BBI, BTG Pactual, Itaú BBA, Morgan Stanley e Santander.
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