Um trem do Metrô descarrilou na Zona Leste de São Paulo nesta terça-feira (7). De acordo com o Corpo de Bombeiros, não houve feridos.
Estações Artur Alvim e Corinthians-Itaquera foram fechadas nesta terça;
Circulação na Linha 3-Vermelha ocorria entre as estações Palmeiras-Barra Funda e Patriarca;
Integração com a CPTM na estação Itaquera ficou aberta;
Operação Paese com ônibus foi acionada entre as estações Patriarca e Corinthians-Itaquera;
Estação Sé operou com contenção de fluxo.
Segundo a assessoria de imprensa do Metrô, o incidente ocorreu por volta das 15h, entre as estações Artur Alvim e Corinthians-Itaquera da Linha 3-Vermelha. As duas estações foram fechadas e não havia previsão de reabertura.
Após sair do trilho, o trem derrubou grades e uma mureta de concreto. A energia da via foi cortada e os passageiros saíram pela passarela de emergência. Técnicos trabalhavam no local. Outras composições tiveram de parar, causando efeito cascata.
Entre as estações Patriarca e Palmeiras-Barra Funda os trens circulam pelas duas vias. Passageiros reclamavam de mais tempo de espera entre um trem e outro, além de plataformas cheias.
Por causa do problema, a estação Sé operava com contenção de fluxo. Ou seja, havia controle do número de passageiros na catraca da estação para evitar acidentes e superlotação. A entrada próxima à Catedral da Sé estava fechada.
O problema refletia também na Linha 1-Azul. Segundo o Metrô, as composições circulavam com velocidade reduzida.
A integração com a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) na estação Itaquera está aberta e deve continuar assim após as 17h. Segundo o Metrô, a operação Paese com ônibus foi acionada às 15h40 entre as estações Patriarca e Corinthians-Itaquera.
O Metrô prevê restabelecer a operação na Linha 3 ainda nesta terça. “O trem estava viajando numa situação normal, mas nós não sabemos a causa ainda”, disse o gerente de operações do Metrô, Wilmar Fratini. “As nossas equipes de manutenção farão uma investigação criteriosa para, aí sim, a gente identificar qual foi a causa.”
Segundo ele, os passageiros foram conduzidos pelas equipes da companhia para as estações. “Tivemos apenas uma senhora que sofreu uma pequena torção no pulso. Ela foi encaminhada para o Hospital Santa Marcelina e está sendo acompanhada lá por nossos agentes de segurança até que seja liberada.”
O trem que descarrilou é o da frota “k”, com trens reformados. É a mesma frota do trem que saiu dos trilhos em 5 de agosto de 2013, perto da estação Palmeiras/Barra-Funda. Na época, o incidente foi causado por um problema de superaquecimento. Não houve vítimas.
Em nota, a companhia afirma que “os 25 trens da frota K passam regularmente pelos mesmos processos de manutenção de todas as composições. Quando feitas comparações, os trens da frota K apresentam desempenho operacional e de segurança semelhante às demais frotas em operação, novas ou modernizadas”.
Críticas
A Federação Nacional dos Metroviários (Fenametro), órgão sindical que reúne as principais entidades representantes dos trabalhadores do Metrô e dos trens, criticou a situação nos trilhos.
“A situação é bem crítica, pois existe um estrago na via entre a estação Patriarca e Artur Alvim até Itaquera. Então são cerca de dois quilômetros de via com equipamentos quebrados”, disse o diretor de comunicação da Fenametro, Alex Santana.
Sobre o incidente desta terça, Santana disse que um passageiro informou ruído estranho. “Um operador na estação Artur Alvim definiu que seria recolhido o trem para manutenção, mas não houve tempo e no meio do caminho houve descarrilamento.”
Em nota, a assessoria de imprensa do Metrô informou que o incidente “só poderá ser determinada após detalhada investigação da Comissão Permanente de Segurança (Copese), formada por especialistas. Qualquer conclusão antes da perícia, além de precipitada, seria irresponsável”.
O comunicado acrescenta que o Metrô de São Paulo “é um dos mais seguros do mundo. Nunca houve um acidente com morte”.
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