A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) registrou uma receita líquida de R$ 17,15 bilhões em 2016, alta de 12,4% sobre o resultado apresentado em 2015, segundo comunicado com os principais indicadores operacionais do exercício encerrado em 31 de dezembro de 2016, mas ainda não revisados pelos auditores independentes.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado da companhia no acumulado do ano passado foi de R$ 4,07 bilhões, alta de 25,3% ante o ano anterior.
A dívida líquida ajustada somou R$ 25,83 bilhões no encerramento de 2016, uma queda de 2,5% ante 2015, enquanto a alavancagem medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda ajustado caiu a 6,3 vezes no fim do ano — ante 7,4 vezes no fechamento do terceiro trimestre e 8,2 vezes em 2015.
Segundo a CSN, os dados operacionais não auditados foram divulgados “considerando o dever de informar e agindo com diligência e transparência” da empresa, já que a companhia não conseguirá entregar à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) o balanço do ano no prazo previsto pelas normas da autarquia.
Isso acontece por causa de uma revisão no tratamento contábil acertado na operação anunciada pela empresa em 30 de novembro de 2015, quando a CSN concluiu o acordo com seus sócios asiáticos na mineradora Namisa, encerrando uma pendência que se arrastava há pelo menos dois anos.
A operação de fusão de ativos de mineração e logística ferroviária e portuária, no valor de US$ 16 bilhões, deu origem a uma nova empresa, a Congonhas Minérios, com produção em torno de 35 milhões de toneladas por ano, o que a coloca entre as dez maiores mineradoras do mundo.
Na época, a CSN informou ter concluído a formação de uma aliança estratégica com a Itochu Corporation, a JFE Steel Corporation, a Posco, a Kobe Steel, a Nisshin Steel e a China Steel Corp, na nova empresa. A Congonhas Minérios reunirá os negócios de mineração e logística relacionada tanto da CSN quanto da Namisa: minas e ativos de Casa de Pedra, Engenho e Pires; direitos de operação do Tecar em Itaguaí; e 18,63% de ações da MRS Logística.
Ao fim da transação, a CSN ficou com 87,52% da nova empresa, enquanto a participação do consórcio asiático ficou em 12,48%. O acordo garante ainda escoamento de minério de ferro da nova empresa por pelo menos 40 anos, por meio de um contrato de fornecimento com a própria CSN e com o consórcio asiático.
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