AGO da Usiminas pede ação contra ex-presidente

A assembleia geral ordinária (AGO) da Usiminas, realizada ontem em Belo Horizonte, autorizou a companhia a propor uma ação de responsabilidade contra o ex-presidente da siderúrgica, Rômel de Souza, destituído no mês passado. O tema não era parte da ordem do dia do evento, mas foi proposto por Guilherme Poggiali, acionista da Usiminas e conselheiro indicado pelo grupo Ternium-Techint – que faz parte do bloco de controle ao lado de Nippon Steel & Sumitomo Metal e Previdência Usiminas. 

A proposta foi acatada pelo presidente do conselho administrativo da empresa, Elias de Matos Brito, também nomeado pela Ternium, conforme informação da ata da AGO publicada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). 

Além do grupo ítalo-argentino – que trava com o grupo japonês desde 2014 uma batalha judicial pela gestão da Usiminas -, votaram a favor da proposta o banco BTG Pactual e a massa falida do ex-Econômico (gerida pelo BTG). 

Votarão contra a ação Nippon Steel, Previdência Usiminas, Geração Futuro L. Par, Sankyu e GKJE. A Tempo Capital se absteve. 

Souza é acusado de violar o estatuto da empresa ao ter assinado, em 2016, um memorando com a Mineração Usiminas (Musa) sem a presença de outro diretor estatutário e sem anuência do conselho de administração, o qual previa negociações para compensar a fornecedora de minério à siderúrgica. 

Segundo um advogado, a decisão da AGO será constatada em ação judicial, por não acatar o resultado da reunião prévia dos controladores, na qual não houve consenso sobre o caso, como determina o acordo de acionistas. Mesmo assim, foi posto em votação. Nippon e Previdência se opuseram.

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