Benefício fiscal permite estocar contêineres em Suape

O terminal alfandegado de contêineres do Porto de Suape a partir de agora conta com um benefício fiscal para contribuintes que importam mercadorias pelo complexo pernambucano. Empresas instaladas no Brasil podem importar a carga e deixa-la armazenada na zona de entreposto para nacionalizar de forma fatiada, ou seja, as empresas podem manter o estoque no porto para escoar de acordo com a demanda, já que a tributação só ocorrerá na saída da mercadoria. O regime especial vale para tributos federais favorece compras maiores de importados, reduzindo os custos do frete. A condição vale por um ano da chegada da carga, podendo ser prorrogável por igual período. A administração de Suape destaca ser mais um atrativo do porto, que já é o maior movimentador de cargas do Norte/Nordeste.


De acordo com a coordenadora de negócios portuários de Suape, Tahiana Gurgel, cada carga e cada setor tem uma tributação específica e isso precisa ser verificado. “A suspensão do pagamento vale para tributos federais de cada setor e a empresa vai trabalhando o estoque de acordo com a necessidade. Há um custo para manter a carga na área entrepostal, mas que continua sendo mais vantajosa que vários fretes de cargas menores. Na ponta do lápis, o empresário vai ver isso”, pontua. Para se ter ideia do volume beneficiado, foram importados pelo tecon mais de 1,2 milhão de toneladas de carga em contêineres no ano passado em Suape.


O terminal de Conteineres (Tecon) era o único dos quatro recintos alfandegários de Suape que não tinha a vantagem fiscal. “É mais um atrativo de competitividade de Suape, que agora oferece 100% da dinâmica de atividade de cargas com o regime especial. Era o que faltava para melhorar e levar mais conveniência para o ambiente de negócio de todos os tipos de carga que atuamos”, ressalta.


O terminal utilizará parte da estrutura de armazéns e pátios já existente para o novo regime e tem condições pontuais que precisam ser respeitada. Até 45 dias do fim do período de vigência do regime, por exemplo, a carga precisa ter uma destinação, sob a possibilidade de ter a carga considerada abandonada.


“Estamos identificando a possibilidade de criação de novas linhas regulares de navegação que passem por Suape, aumentando ainda mais nossa movimentação de contêineres. Além disso, celebramos um convênio de colaboração com o Porto de Las Palmas, na Espanha, para aprimorar as relações de negócios e incrementar a movimentação de cargas entre os portos nos próximos anos”, comentou Marcos Baptista, presidente de Suape. 

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