O ministro da Secretaria-geral da Presidência, Moreia
Franco, disse que houve um esforço para retirar “todo o viés ideológico”
presente nas concessões anteriores assim que o governo de Michel Temer assumiu.
O Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), lançado pelo governo e prioriza
uma lista de projetos de concessões de infraestrutura, está sendo cumprido
“à risca”, disse, e trouxe uma série de inovações para atrair os
investidores.
“Quando chegamos havia déficit de R$ 170 bilhões, então não
havia outra alternativa se não criar um ambiente de negócios favorável. Não
havia outra saída que não criar programa de parcerias”, disse o ministro no
Brazil Investment Forum, evento realizado para investidores, em São Paulo.
O tom do discurso foi de otimismo e de oportunidade no
Brasil, apesar da grave crise política que estocou o governo e que tem deixado
receosos alguns investidores.
Segundo o ministro, o Brasil está vivendo um momento
“virtuoso”. Moreira Franco citou os leilões de aeroportos, “que atraiu somente
operadores”, portos e energia elétrica, todos realizados no âmbito do PPI e
considerados bem-sucedidos. “Iniciamos óleo e gás, segundo semestre teremos
ferrovias e continuamos com portos e aeroportos.”
Ele chamou de os maiores sucessos do PPI os leilões de
concessões de aeroportos e o último de transmissão, que contratou 31 dos 34
lotes oferecidos ao mercado. “A confiança tem se manifestado no sucesso dos
leilões, não só os investidores que já estão no país, mas também os que vêm de
fora e acham oportunidades aqui”, disse o ministro.
Para Moreira Franco, porém, o maior desafio do PPI é a
definição de uma modelagem de financiamento de projetos de infraestrutura que
seja adequada ao mercado. “Precisamos viver um ambiente de concorrência, para
buscar as melhores condições de financiamento”, disse o ministro.
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