Para por um ponto final às obras que estão paralisadas desde
2014, o governador do estado de Mato Grosso, Pedro Taques, encaminhou esta
semana à Assembleia Legislativa do estado um projeto solicitando autorização de
empréstimo de R$ 800 milhões na Caixa Econômica Federal.
O dinheiro servirá para concluir as obras do Veículo Leve
sobre Trilhos (VLT) em Cuiabá e Várzea Grande, região metropolitana da capital.
O VLT deveria ter sido entregue antes da Copa de 2014.
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O custo total da obra tinha previsão inicial de R$ 1,477
bilhão. Deste montante R$ 1 bilhão já foi gasto, mas apenas metade do projeto
foi executado.
A aprovação do Legislativo é dada como certa pelo estado,
mas a oposição tem críticas ao projeto.
O modal de transporte, que deveria ter sido entregue em
março de 2014, agora tem novo custo e novo prazo: R$ 2,277 bilhões e previsão
de entrega para 2018.
DINHEIRO GASTO,
DINHEIRO QUE FALTA:
A obra ficou suspensa até que o governo do estado firmou
acordo com o consórcio VLT, responsável pelo projeto, em março deste ano. Quando
o acordo foi fechado, a previsão de retomada das obras estava prevista para
maio deste ano. Sem a obtenção do empréstimo, no entanto, nada foi feito.
Na gestão do ex-governador Silval Barbosa, o estado contraiu
empréstimo de R$ 1,477 bilhão junto ao BNDES, com prazo de pagamento de 30
anos.
Do valor de R$ 1 bilhão já aplicado na obra, a maior parte
foi gasta com vagões de trem que se encontram inutilizáveis em um depósito na
cidade de Várzea Grande.
Com a aprovação do empréstimo de R$ 800 milhões, o governo
do estado se compromete a pagar como contrapartida o valor de R$ 325,9 milhões.
O cronograma traçado pela Secretaria de Estado de Cidades aponta que a obra do
VLT será retomada no segundo semestre de 2017, com conclusão programada para
2018.
Na mensagem enviada à Assembleia Legislativa o governo do
estado afirma que “como é de conhecimento de toda a sociedade, a implantação do
Veículo Leve sobre Trilhos tem o objetivo de proporcionar melhores condições de
vida aos usuários do transporte coletivo, através de um sistema moderno e com
tecnologia que existe de mais eficiente no mercado mundial”.
Ainda de acordo com o governo, com a conclusão da obra
espera-se um aumento na velocidade operacional do transporte coletivo, a
redução pela metade no tempo de viagem entre o início e o final dos trechos, e
a redução do número de veículos transitando pelas ruas, com consequente melhora
no trânsito.
O governo aponta ainda que a tarifa do VLT terá o mesmo
valor da passagem de ônibus. Isso significa que haverá necessidade de subsídio
por parte dos cofres públicos de até R$ 40 milhões por ano.
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