Embora a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM)
seja criticada constantemente por especialistas e usuários pela falta de
modernização no transporte de passageiros sobre trilhos de São Paulo, há
importantes iniciativas desta sociedade de economia mista apoiadas pela alta
tecnologia. Uma delas é a utilização do sistema de georreferenciamento (por
satélite), que permite um mapeamento amplo e atualizado da malha ferroviária.
“O Sistema de Informações Geográficas nos traz subsídios estratégicos para a
modernização e atendimento ao usuário”, defendeu o gerente de Meio Ambiente e
Território da CPTM, Ronaldo Margini, durante palestra na 23ª Semana de
Tecnologia Metroferroviária, que ocorre de 19 a 22 de setembro, na Unip
Paraíso, em São Paulo.
Para ações na rede, a CPTM lida com a falta de recursos
financeiros e as restrições legais e ambientais. As faixas de 7 a 12 da
companhia são compartilhadas com a MRS, concessionária autorizada pelo
Ministério dos Transportes e do Planejamento para o transporte de cargas,
lembrou Ronaldo.
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“Cada município tem sua legislação. E às margens das linhas
ferroviárias há quase sempre rios, áreas de preservação ambiental ou
invadidas”, reforçou o gestor.
Como se não bastasse, em parte da malha há áreas
compartilhadas com concessionárias de serviços públicos, tais como as de
iluminação e gás, entre outras. Ainda assim, o representante da CPTM argumentou
que avanços têm ocorrido e há otimismo em relação ao trabalho para os próximos
anos.
Desde 2015, a CPTM dispõe de um consórcio contratado via
BNDES para organizar as informações de forma conjunta com os dados de outros
sistemas de referência, entre eles o do IGBE. Há cruzamentos de dados sociais e
demográficos.
“Isso agiliza a tomada de decisões, inclusive agrupando
áreas da companhia. Permite melhorias com impacto diário e também no médio a
longo prazo para o usuário”, observou Ronaldo.
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