Hyperloop deve anunciar projeto no Brasil nas próximas semanas

Você já conhece o Hyperloop? Se ainda não, provavelmente vai
ouvir muito essa palavra nas próximas semanas. Esse é um sistema de transporte
de alta velocidade que pode alcançar 1,2 mil quilômetros por hora. Em visita ao
Brasil, o presidente da empresa Hyperloop Transportation Technologies (HTT),
Bibop Gresta, está em conversas com governo e investidores e deve anunciar um
projeto nas próximas semanas. Hoje, a HTT trabalha na construção de cápsulas e
já tem contratos assinados com os governos de Abu Dhabi, Índia, Coreia do Sul e
Indonésia.

Gresta não adiantou mais informações sobre o projeto, mas
explicou, durante o evento Corporate Venture in Brasil, nesta terça-feira
(03/10) em São Paulo, como funciona o Hyperloop. “O sistema de transporte que
temos hoje é insustentável”, diz. Os carros criam o problema de
congestionamento e poluem as grandes cidades. Os sistemas de transporte público
são lotados demais, afirma. Bibop Gresta defende que o Hyperloop é o meio de
transporte do futuro, já que usa energia limpa e é mais eficiente e rápido do
que os trens de alta velocidade.

Mas, afinal, o que é o Hyperloop? O conceito foi criado pelo
bilionário Elon Musk em 2013. Sem interesse na época em tirar o projeto do
papel, ele compartilhou o paper em que descrevia como funcionaria o Hyperloop
para quem quisesse se dedicar a ele. Com isso, várias empresas ao redor do
mundo foram criadas com o intuito de dar vida ao veículo. Esse sistema de
transporte consiste em um tubo onde se cria um ambiente de vácuo. Nesse tubo,
cápsulas (como vagões de trem) transportam pessoas ou produtos. Para alcançar a
maior velocidade possível, essas cápsulas levitam, por meio de um sistema
magnético. Esse meio de transporte conseguiria alcançar uma velocidade de cerca
de 1,2 mil quilômetros por hora.

A vantagem do Hyperloop sobre os trens de alta velocidade é
a maior eficiência energética no funcionamento do sistema magnético.
“Conseguimos criar a repulsão [entre cápsula e trilho] sem usar eletricidade. O
mais importante não é a velocidade, mas a eficiência”, diz Gresta. O sistema
criado pela empresa usaria painéis de energia solar e eólica, precisando assim
de pouca energia de fora. Na verdade, afirma Gresta, com o aumento da
eficiência dos painéis de energia solar e a queda dos preços, o Hyperloop pode
chegar a gerar mais energia do que consome.

No Brasil, segundo Gresta, há a oportunidade de usar o
Hyperloop para o transporte de grãos. “Com o aumento da demanda por transporte
de grãos, o Hyperloop deve ser levado em consideração para aumentar a
eficiência e a confiança nas operações”. “Queremos construir o primeiro centro
de desenvolvimento global para transporte de carga, e essa é a região perfeita
para fazer isso. Nós analisamos o mundo todo, e acredito que aqui há as
condições e a possibilidade”.

Fonte: Época

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