O conselheiro substituto Rodrigo Nascimento, indicado para a
vaga de conselheiro de Jonas Lopes, é o relator, no TCE-RJ, de todos os
processos da Linha 4 do Metrô, incluindo a solicitação apresentada pelo
governador Luiz Fernando Pezão para liberação de recursos destinados à
construção da Estação Gávea (R$ 700 milhões), contra a qual o Ministério
Público de Contas se insurgiu.
Os procuradores de Contas alegam que os custos de retomada
da obra devem ser arcados pela concessionária, uma vez que auditorias feitas
pelo próprio tribunal apuraram um superfaturamento nas obras de mais de R$ 3
bilhões (valores atualizados). Nascimento, que herdou o acervo do conselheiro
afastado José Gomes Graciosa, é também o relator dos processos sobre a farra
dos benefícios fiscais concedidos a empresas.
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Com 14 anos de experiência em tribunais de contas e
passagens por órgãos dos três níveis federativos, municipal, estadual e
federal, era o nome preferido da presidente interina do TCE-RJ, Marianna
Montebello.
Aos amigos, ela confidenciou que Nascimento foi o único dos
três conselheiros substitutos a alertá-la sobre a desistência (leia texto ao
lado) e as movimentações do meio político para ficar com a vaga.
Bacharel em Direito pela Universidade de Brasília e
especialista em Direito Administrativo e em Direito Processual Civil,
Nascimento começou sua trajetória profissional no Tribunal de Contas do Município
do Rio (TCM-RJ) como auditor de controle externo, em 2003, onde trabalhou com o
pai de Marianna e atual presidente do órgão, Thiers Montebello. Aprovado em
concurso para a mesma função no Tribunal de Contas da União, foi para Brasília
em 2008. Voltou a fazer concurso para o TCM-RJ e também para o TCE-RJ.
Aprovado, passou a integrar o órgão como conselheiro substituto, em março de
2016.
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