Reunião sobre ferrovia vai definir detalhes para ampliar tráfego entre Brasil e Bolívia

O governador
do Estado, Reinaldo Azambuja (PSDB), adiantou que na terça-feira (19) terá
reunião para apresentar “a toda a classe política e a todos os investidores” o
planejamento para a implantação do corredor ferroviário Transamericano. O local
da reunião não foi divulgado.

A parceria
foi feita entre os governos do Brasil e da Bolívia. O acesso tem por objetivo
criar condições para ampliar o tráfego entre os dois países com custo mais
baixo e servirá para escoar as exportações de MS para o Pacífico.

O acordo
também representa a primeira etapa do processo para utilização da ferrovia como
meio de transporte para escoar.

“É uma
ferrovia que liga o porto de Santos ao porto de Ilo no Peru e ao porto de
Antofagasta a Iquique, no Chile. Nós temos hoje uma organização, um consórcio
formado pelas (empresas) Arrumo, Transportes e Serviços Ferroviários S.A.
(Transfesa), Ferrovia Oriental e Ferrovia Andina que são as duas ferrovias que
já operam hoje do lado boliviano”, disse Azambuja.

O governador
lembrou também que o presidente Michel Temer já assinou tratado com presidente boliviano,
Evo Morales, no dia 5 de dezembro deste ano. “Temos uma construção que envolve
capital alemão, chinês e empresas brasileiras para ferrovia transamericana”,
disse Azambuja, reforçando que na próxima terça-feira será apresentado “o que
é, como será administrada e quais os avanços”, declarou ele.

O governador
está esperançoso de que a médio prazo será reconstruída a malha oeste. “Essa
que liga Três Lagoas, Bauru até o porto de Santos e principalmente uma
reconstrução e uma nova rota que liga Três Lagoas, Campo Grande, Corumbá,
Cochabamba, La Paz aos portos chilenos e aos portos peruanos”, declarou.

Azambuja
também disse que o porto de Ilos, no Peru, “é uma ferrovia que está em
construção em algumas partes e a nossa parte é simplesmente uma restauração,
uma reconstrução porque ela está muito sucateada e agora temos certeza que
teremos nova ferrovia para aumentar a competitividade e promover a ligação
bioceânica e modal para escoar diferentes riquezas produzidas em Mato Grosso do
Sul e as importações que serão feitas nessa ferrovia”, completou.

 

FERROVIA

 

O governador
Reinaldo Azambuja participou da solenidade da assinatura do memorando de
entendimento entre os governos do Brasil e da Bolívia, que aconteceu no dia 05
de dezembro de 2017.

Azambuja detalhou
o projeto, explicando que o corredor vai entrar no Brasil por Corumbá, passando
por Campo Grande e Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul, com investimentos de
aproximadamente R$ 1,5 bilhão neste trecho de cerca de 900 quilômetros para
retificação de traçado, troca de trilhos entre outros serviços que precisam ser
executados.

“Dentro de
seis meses a um ano vamos elaborar e assinar o tratado para entrar em vigor a
Ferrovia Transamericana, já que de Santos até Santa Cruz de La Sierra (Bolívia)
a malha já está construída. Faltam construir dois trechos em território
boliviano que vão dar acesso ao porto de Ilo, no Peru”, enfatizou,
anteriormente o governador.

O secretário
de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura
Familiar, Jaime Verruck, disse também que o objetivo do Governo do Estado é
transformar Mato Grosso do Sul em “um grande distribuidor da ureia para o
Brasil, por isso, queremos trazer este fertilizante ao Brasil pelo Estado”.

Verruck
afirmou que “o grande consumidor de ureia na América do Sul é o Brasil, sendo
que a entrada pela Bolívia vai gerar impostos para o Estado. Serão 330 mil
toneladas de ureia. O modelo do negócio deles (Bolívia) é chegar ao Mato
Grosso, que consome 60% deste adubo no País, com valor 10% inferior à ureia que
vem atualmente do Oriente Médio”.

“Em
impostos, este comércio da ureia deve gerar cerca de R$ 2 a R$ 3 milhões por
mês, mas não é só isso que o Governo do Estado está levando em consideração. A
conta da importação não é o nosso foco, estamos vislumbrando outros
empreendimentos. A ferrovia Transamericana vai possibilitar a instalação de
misturadores de adubos em Mato Grosso do Sul, incremento no frete e geração de
outros investimentos e renda no Estado”, completou Verruck.

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