Empresas de várias partes do mundo demonstraram interesse em
investir na ferrovia que vai conectar Mato Grosso do Sul ao Porto de Paranaguá,
informou o governador Reinaldo Azambuja. Mesmo de férias, ele participou de uma
agenda pública em Maracaju, disse estar contente com o interesse dos
empresários e contou que pretende estender um ramal até aquela cidade.
Com o nome de Procedimento de Manifestação de Interesse
(PMI), o edital de chamamento para empresas do setor de logística se
manifestarem para a elaboração de estudos de viabilidade econômica da ferrovia
foi lançado em novembro de 2017.
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“Ficamos muito contentes com o interesse das empresas nesse
edital. Isso mostra aquilo que a gente sempre idealizou, que é um edital
extremamente com capacidade competitiva. Existem empresas do mundo inteiro
olhando. Não são poucos os investimentos, estamos falando da casa de bilhões de
reais para a construção de uma ferrovia nova, como essa, mas a presença dos
grandes trades, das grandes empresas de transporte mundiais, nesses editais,
nos dá a certeza de que esse é o caminho”, afirmou Reinaldo Azambuja.
Sobre o ramal a Maracaju, o governador disse não ter dúvida
de que o projeto é viável. Maracaju é um dos maiores produtores de grãos de
soja e milho de Mato Grosso do Sul e tem um papel importante também na produção
de cana-de-açúcar e na pecuária.
As declarações foram feitas durante a feira agropecuária
Showtec, que contou também com a presença do secretário de Infraestrutura e
Logística do Paraná, José Richa Filho. “Quando fizemos o lançamento em São
Paulo da ferrovia Ferroeste, que é a ferrovia da produção que ligaria Dourados
– Cascavel – Paranaguá (a Ferroeste tem concessão a partir de Dourados) e nós
dizemos que o Estado tem total interesse e o Município também e é isso que
motivou a vinda do Pepe aqui hoje, que é o secretário de Infraestrutura do
Paraná, para nós fazermos a extensão da concessão para ela ser um ponto de
partida para o município de Maracaju”, disse o governador.
O secretário José Richa Filho declarou não ter dúvida da
viabilidade da ferrovia por conta da produtividade agrícola dos dois estados.
Juntos, Mato Grosso do Sul e Paraná são responsáveis por cerca de 30% de toda a
produção de grãos do País. “Basta ver aqui, o crescimento dessa região é a
olhos vistos. O estudo, não tenho dúvida nenhuma, mostrará a viabilidade, sim.
O que dizíamos agora pouco: o pior cego é o que não quer enxergar. Até a
topografia ajuda muito: tudo plano”, disse.
Com custo estimado de R$ 10 bilhões, a nova ferrovia terá
extensão de mil quilômetros. Desses, somente 250 quilômetros já existem, no
trecho entre Cascavel e Guarapuava. O restante será totalmente novo.
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