Modernização do metrô vai diminuir tempo de espera em estações

Com o sinal verde do Ministério das
Cidades para a liberação de recursos, a Companhia do Metropolitano do Distrito
Federal (Metrô-DF) deve investir R$ 112.645.622,13 para modernizar o sistema de
sinalização e controle da Linha 1. O ramal liga a área central de Brasília a
Ceilândia e Samambaia. O anúncio foi feito pelo governador Rodrigo Rollemberg
em vídeo publicado nas redes sociais no domingo (14).

Como contrapartida, o governo de
Brasília aportará R$ 16.366.468,33 para as melhorias técnicas, que permitirão
diminuir o intervalo entre um trem e outro — hoje de 3 minutos e 35 segundos de
segunda a sexta em horários de pico.

Assim, o custo total das mudanças na
Linha 1, considerando repasse e contrapartida, será de R$ 129.012.090,46. Elas
se referem aos seguintes aspectos:

   
Substituição de componentes obsoletos

 
  Melhoria de comunicação entre os
trens e o centro de controle

   
Melhoria do sistema elétrico, como os mecanismos de proteção contra
quedas de energia e a revitalização de subestações retificadoras de energia
(que recebem a energia em alta tensão e a rebaixam para baixa tensão)

Uma vez licitadas, as alterações serão
aplicadas ao longo dos 42 quilômetros de trilhos. Elas serão executadas nas
madrugadas, quando os trens não rodam.

Essa será a primeira grande
modernização desde o início da construção do Metrô-DF, na década de 1990. “O
nosso desafio será a logística de implementação das melhorias, com a linha em
operação e sem que o usuário seja afetado”, destaca a diretora técnica da
empresa pública, Daniela Diniz.

Ao todo, serão destinados pelo
Ministério das Cidades ao DF R$ 289,2 milhões — R$ 275,5 milhões para o
Metrô-DF e R$ 13,8 milhões para a construção de um viaduto entre a Estrada
Parque Indústria Gráfica (Epig) e o Parque da Cidade.

 

Expansão da linha laranja observa
crescimento de Samambaia

 

O repasse do Ministério das Cidades
inclui a construção de duas estações em Samambaia. Tecnicamente chamadas de
Estação 35 e Estação 36, elas custarão R$ 186.562.045,19. Desse total, R$
162.894.792,05 se referem ao dinheiro da União e R$ 23.667.253,14 à contrapartida
do governo de Brasília.

A Estação 35 ficará próximo à Quadra
111 de Samambaia, onde estão uma escola classe e uma feira livre. A Estação 36
será instalada na Quadra 117, nas proximidades da Vila Olímpica Rei Pelé e do
Centro de Atenção Integral à Criança (Caic) Ayrton Senna.

Um trecho plano entre a Estação 33, a
última construída em Samambaia, e a Estação 35 ficará reservado à implementação
da futura Estação 34. Ela não está prevista na expansão anunciada nesta semana
e sairá do papel quando houver mais adensamento urbano na região.

As duas estações a serem erguidas
contarão com elementos de acessibilidade, como rampas, piso tátil, aviso
sonoro, escadas rolantes e elevadores.

O projeto também considera
estacionamento, paraciclos e ciclovia próximo ao muro de vedação (que separa os
trilhos da área pública). A ideia é urbanizar as imediações da linha para
evitar, entre outros problemas, a ocupação irregular do espaço.

Para comportar a ampliação do sistema,
deverão ser construídas mais três subestações retificadoras de energia em
Samambaia. Hoje, o Metrô-DF tem 15 unidades dessas em funcionamento em todos os
ramais.

O projeto engloba ainda a criação de
dois viadutos rodoviários, de um viaduto ferroviário e de passarelas de
pedestres.

 

Liberação de recursos pelo Ministério
das Cidades é negociada desde 2013

 

O aporte dos recursos pelo Ministério
das Cidades se iniciou em 2013, com a abertura de carta-consulta pelo governo
federal. À época, o DF foi uma das unidades da Federação vencedoras do
processo, e o projeto inscrito considerava a ampliação dos três trechos do
metrô (Asa Norte, Ceilândia e Samambaia).

No entanto, por questões
orçamentárias, o Executivo federal solicitou que a expansão fosse desmembrada.
Diante da crise econômica nacional, não seria mais possível destinar recursos
suficientes para os três ramais.

Assim, a linha laranja foi priorizada
em função de critérios técnicos, como a maior extensão de via, menor custo por
quilômetro e localização em área de expansão urbana e imobiliária.

A ampliação dos outros dois ramais
depende da disponibilidade de recursos do governo federal.

 

Investimentos no Metrô-DF

 

Em 2015, o Metrô-DF conseguiu a
aprovação de toda a documentação técnica na Caixa Econômica, agente financeira
do governo federal na operação. Essa medida garantiu a destinação ao DF dos
recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Mobilidade, do
Ministério das Cidades.

Desde 2016, é cumprida uma programação
de investimentos no sistema metroviário. No orçamento de 2017, por exemplo, estavam
previstos R$ 192,7 milhões, que não se concretizaram pois dependiam de
operações de crédito e de repasses da União.

Enquanto o dinheiro federal não é
liberado, o governo do DF obteve recursos do Banco do Brasil para a
modernização do metrô. Em abril de 2017, foram destinados, aproximadamente, R$
19 milhões para a execução dos contratos da Linha 1.

O governo de Brasília busca recursos
para concluir as estações inacabadas e sem atender à população desde 1992 – ano
do início da construção.

Ainda neste semestre, as obras de
finalização começam nas estações 106 Sul, 110 Sul e Estrada Parque. Também
haverá licitação para adequar a Estação Arniqueira, terceira com o maior fluxo
de passageiros e que ainda não tem escadas rolantes.

 

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