Taques diz que delação do antecessor prejudicou retomada do VLT

 O governador Pedro Taques (PSDB) prometeu, em entrevista ao programa
Bom Dia Mato Grosso nesta segunda-feira (29), entregar seis escolas técnicas
até o final deste ano, último ano da gestão dele.

De acordo com ele, três unidades devem ser inauguradas até julho, em
Cuiabá, Cáceres e Matupá, a 220 km e 696 km da capital.

Além das escolas técnicas, Taques disse que o governo pretende
construir novas escolas militares em Rondonópolis e em Sinop, a 218 km e a 503
km de Cuiabá.

Já tinha oito escolas técnicas, construímos mais uma, e em
julho entregaremos três e até o final do ano mais seis, chegando a 17 escolas
técnicas, afirmou.


Crise na saúde


Taques também comentou a situação dos hospitais filantrópicos, que
suspenderam no dia 14 de janeiro os atendimentos pelo SUS porque não receberam
repasses do governo.

Para ele, existe uma crise em todo país.

“Dois terços do pagamento é feito pelo governo do estado e o
restante pela União. Existe uma portaria que regra isso, nós podemos pagar em
até 60 dias. Nós estamos pagando em 26 a 30 dias as UTIs”, disse.

O Hospital Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá alega que a unidade
está sem receber pelos leitos de retaguarda desde março do ano passado. Por
causa disso, todos os atendimentos realizados pelo Sistema Único de Saúde
(SUS), tiveram que ser paralisados. Os quatro hospitais filantrópicos que
atendem pelo SUS suspenderam os atendimentos por falta de dinheiro.

A Federação dos Hospitais Filantrópicos de Mato Grosso (Fehosmt)
informou que essas unidades são responsáveis por 85% dos atendimentos aos
usuários do SUS no estado e a maior preocupação é o atendimento à população com
qualidade e eficiência.

 

VLT


O governador também foi questionado sobre o atraso nas obras do
Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), paradas desde dezembro de 2014.

A obra do VLT está parada desde dezembro de 2014, quando passou a
ser alvo de uma ação na Justiça Federal. Orçada inicialmente em R$ 1,477
bilhão, a obra já consumiu mais de R$ 1 bilhão dos cofres públicos sem que
metade do trajeto previsto tivesse sido concluído.

Dos 22 km de extensão dos trilhos, apenas seis foram concluídos pela
empresa.

Pedro Taques disse que as obras seriam retomadas no dia 30 de março
de 2017, mas, de acordo com ele, a delação do ex-governador Silval Barbosa
(PMDB) adiou o início das obras.

“Estávamos prontos, mas o ex-governador revelou em delação que
recebeu R$ 18 milhões do consórcio VLT”, disse.

O governador disse que não seria possível continuar as obras com o
mesmo consórcio contratado por Silval. De acordo com Taques, R$ 700 milhões já
foram gastos na compra dos vagões do VLT.

O governo de Mato Grosso prevê uma nova licitação para contratar uma
nova empresa para concluir as obras do Veículo Leve sobre Trilhos em Cuiabá e
Várzea Grande, região metropolitana da capital.


Segurança



Questionado sobre as medidas que podem ser tomadas para melhorar a
situação da segurança pública em Mato Grosso, Taques disse que o efetivo das
forças de segurança aumentou 27%.

De acordo com ele, R$ 13 milhões foram investidos em inteligência
policial em três anos.


Leia Mais: Governo do Paraná avalia seis propostas para
construção de nova ferrovia

 

Fonte: Folhamax

Seja o primeiro a comentar

Faça um comentário

Seu e-mail não será divulgado.


*