O Brasil deve exportar um recorde de
71,3 milhões de toneladas de soja em 2018, projetou a Agroconsult, em uma
revisão que se segue a de outros agentes do mercado após a quebra de safra da
oleaginosa na Argentina.
Caso a perspectiva se confirme, o
incremento será de 4,8% ante as 68 milhões de toneladas embarcadas no ano
passado pelo Brasil, que é o maior exportador mundial da commodity.
O motivo para os ajustes nas projeções
é a forte estiagem que tem prejudicado as lavouras da Argentina, terceiro maior
exportador de soja em grão e líder global em derivados (farelo e óleo). A
Agroconsult fala em produção de 43 milhões de toneladas de soja na Argentina na
safra 2017/18, ante 58 milhões de toneladas no ciclo anterior.
A menor oferta no país vizinho pode
fazer com que compradores se voltem a locais com suprimento mais seguro, como o
Brasil, que deve produzir um recorde de 117,5 milhões de toneladas neste ciclo,
segundo a Agroconsult.
A estiagem na Argentina também tem
impacto sobre a safra de milho, que, apesar da área plantada 6% maior, deve
registrar queda de 15% na produção, para 35 milhões de toneladas.
Para o Brasil, a Agroconsult estima
uma safra de milho total 2017/18 de 89 milhões de toneladas, queda de 10% na
comparação anual. Desse total, 25 milhões de toneladas são de 1ª safra, já em
colheita, e 64 milhões de 2ª safra, em fase de plantio.
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grãos e provoca rali de preços
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