À medida que
a quebra da safra de grãos da Argentina se torna mais palpável, melhoram as
perspectivas para as exportações brasileiras de soja e de milho.
Segundo
novas estimativas divulgadas ontem pela consultoria Agroconsult, os embarques
de soja do país deverão chegar a 72 milhões de toneladas, ante o recorde de
68,2 milhões de toneladas de 2017 calculado pela Associação Brasileira das
Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).
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Em janeiro,
a Agroconsult previa que as exportações brasileiras de soja ficariam ao redor
de 68 milhões de toneladas. A nova projeção não considera ganhos com uma
eventual guerra comercial entre Estados Unidos e China, na qual o Brasil
poderia se beneficiar mandando maior volume da oleaginosa ao exterior. Ou seja,
o volume pode ser ainda maior.
“Fomos
‘presenteados’ com a quebra de safra na Argentina, em um momento em que a
comercialização no Brasil estava baixa”, afirmou André Pessôa,
sócio-diretor da Agroconsult, em evento da consultoria ontem em São Paulo.
De acordo
com Pessôa, o lento ritmo de comercialização possibilitou que mais negócios
fossem efetivados com preços mais altos e que a margem do produtor aumentasse.
“Não é uma margem super folgada, mas dá um gás para investimentos”,
disse.
Sobre a
possibilidade de maior demanda da China pela soja brasileira, Pessôa afirmou
que é “praticamente impossível a China romper com os EUA”. Para ele,
contudo, haverá mais interesse pela soja brasileira por parte do país asiático.
Um efeito
que já pode ser notado é o aumento dos prêmios pagos pela soja brasileira nos
portos de exportação em relação aos preços de Chicago. “Com a
possibilidade de a China retaliar os EUA, cai o valor da soja em Chicago, mas
sobe o prêmio pago pela soja brasileira no porto”.
Para o
milho, a perspectiva da consultoria é que 30 milhões de toneladas do cereal
sejam exportadas, ante as 29,3 milhões calculadas pelo Ministério da
Agricultura em 2017.
– Fonte: http://www.valor.com.br/agro/5413383/mais-mercado-para-graos-brasileiros
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