A linha 10 Turquesa da CPTM, que liga o
ABC Paulista ao Brás, constantemente aparece em noticiários por causa de falhas
operacionais, muitas delas, que ocorreram com os trens.
A maior parte da frota da linha é
formada pela Série 2100, dos famosos trens espanhóis fabricados pela CAF e associadas
entre 1974 e 1977.
Com diversos problemas, inclusive com
alguns já tendo registrado incêndios por causas técnicas, os trens devem ser
substituídos, mas ainda sem data certa.
Na última sexta-feira, 06 de abril de
2018, durante entrega de quatro estações da linha 15 Prata do Monotrilho, o
Secretário de Transportes Metropolitanos, Clodoaldo Pelissioni, disse que a
CPTM estuda abrir uma licitação para a compra de novos trens para a ligação
entre o ABC e a capital paulista.
“Nós vamos entregar mais 28 trens até o
fim do ano, especialmente para a linha 7 Rubi (Luz – Francisco Morato –
Jundiaí), onde havia os trens mais antigos, e para a linha 11 Coral (Estudantes
– Luz), que é nossa linha mais movimentada. Para a linha 10 Turquesa (Brás –
Rio Grande da Serra), a CPTM já estuda ver quantos trens são necessários para
que a gente possa fazer talvez a licitação num futuro próximo. Lá são cerca de
20 trens que são necessários”
O Governo do Estado de São Paulo
importou em 1997, 48 composições de três carros, que eram usadas na Espanha.
O curioso é que estes trens que operam
na linha 10 Turquesa não foram projetados para transportes metropolitanos. As
composições, na Espanha, atendiam a rotas de trens regionais em Madrid e
Barcelona.
Os carros (vagões) tinham até compartimentos
de bagagem.
No Brasil, os trens foram adaptados para
a malha da CPTM. Foi a primeira grande compra da CPTM, que foi criada em 1995.
A importação da CPTM tinha como objetivo
inicial colocar os trens no recente Expresso Leste, mas o alto índice de
vandalismo fez a empresa mudar de planos.
Antes de operarem definitivamente na
então linha D, hoje linha 10 Turquesa, foram testados nas linhas A, que ligava
o Brás a Francisco Morato – trecho hoje da linha 7 Rubi (Luz – Jundiaí), e
linha C, que ligava Osasco à Jurubatuba, hoje trecho da linha 9 Esmeralda
(Osasco – Grajaú).
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