Trabalhadores
da construção pesada e representantes de empresas da indústria não chegaram a
um acordo sobre a volta ao serviço durante uma audiência realizada na manhã
desta sexta-feira (13), no Tribunal Regional do Trabalho (TRT5-BA), no bairro
de Nazaré. Com isso, trabalhadores de diversas obras no estado, como a do metrô
de Salvador, continuam em greve. A paralisação começou na sexta-feira (6).
“Ainda
há uma intransigência do sindicato patronal. Tínhamos o interesse de sair hoje
com um resultado que fosse satisfatório pra ambas as partes, só que eles
continuam insitindo em retirar direitos já conquistados são longo dos últimos
15 anos”, afirmou ao CORREIO o presidente do Sindicato dos Trabalhadores
nas Indústrias da Construção de Estradas, Pavimentação e Obras de
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Terraplanagem
do Estado (Sintepav), Irailson Warneaux de Oliveira.
Entre os
pedidos da categoria estão a manutenção do pagamento de R$ 365 de cesta básica,
ao invés de um valor atualizado de acordo com o número de trabalhadores de cada
empresa; permanência do contrato de experiência de 30 dias; além de serem
contra a retirada da obrigatoriedade do pagamento da chamada Participação nos
Lucros e Resultados (PLR), entre outros pontos da nova convenção coletiva.
O Sindicato
Nacional da Indústria da Construção Pesada (Sinicon) foi procurado, mas até a
publicação da reportagem nenhum representante da entidade havia sido localizado
para comentar o assunto. A Secretaria do Desenvolvimento Urbano do Estado
(Sedur) e a CCR Metrô, concessionária responsável pelo sistema metroviário da
capital, optaram por não se posicionar sobre a greve.
Julgamento
Em
decorrência da falta de conciliação entre as partes, a desembargadora Maria de
Lourdes Linhares, presidente do TRT5-BA e da Seção Especializada em Dissídios
Coletivos (SEDC), marcou o julgamento do caso para o dia 26 deste mês, às 14h.
No entanto,
se as partes chegarem a uma conciliação antes do julgamento podem comunicá-la ao
Tribunal. “O Sintepav está à disposição pra empresa que quiser fechar
acordo individual com o sindicato. Já têm algumas empresas entrando em
contato”, explicou o presidente do Sintepav.
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