O primeiro-ministro
da França, Édouard Philippe, disse nesta quinta-feira que não recuará nos
planos de reforma da estatal ferroviária SNCF apesar de o sindicato CFDT ter
anunciado que participará de uma nova onda de greves que começa no domingo.
Philippe reiterou
que não debaterá quanto da dívida de 46 bilhões de euros da SNCF o governo
absorverá até haver progresso no debate sobre a organização futura da estatal e
os direitos dos funcionários.
“Estou aberto à
discussão da dívida… mas em troca de compromissos extremamente claros que
transformarão as operações da empresa”, disse Philippe à rádio France Inter.
Os quatro
principais sindicatos de ferroviários – CGT, Sud Rail, CFDT e UNSA-Railways –
planejam fazer greve em dois dias de cada cinco nos próximos três meses, o
maior desafio aos planos do presidente francês, Emmanuel Macron, para
modernizar a economia do país.
Seu governo diz que
a SNCF, que está tendo prejuízos anuais de 3 bilhões de euros, precisa mudar
radicalmente para lidar com a concorrência quando o monopólio começar a ser
encerrado em 2020 em respeito às regras de liberalização da União Europeia.
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