Ações para expansão e melhoria de sua
malha ferroviária entrarão finalmente na lista de prioridades do Estado de São
Paulo.
É o que prevê o projeto da Lei de
Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2019, encaminhado pelo governo à Assembleia
Legislativa.
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O texto acolhe sugestão do deputado
estadual Edmir Chedid (DEM), membro da Comissão de Transportes da Casa, e
projeta uma reserva com recursos específicos para planejamento ferroviário no
Estado. Essas políticas serão subordinhadas à Secretaria de Logística e
Transportes.
“Ainda não existe na secretaria
um departamento exclusivamente voltado para o modal ferroviário, como há para
outros modais”, disse o parlamentar. “O transporte ferroviário
apresenta uma série de vantagens sobre outros modais, especialmente o impacto
ambiental reduzido e o custo de manutenção baixo. Em um momento em que se
discute a excessiva dependência que o país tem do transporte rodoviário, é
animador saber que o governo passará a dedicar mais atenção às ferrovias.”
Hoje, o país depende fortemente do
transporte rodoviário para transportar bens, pessoas e produtos, inclusive
matérias-primas e insumos, como os combustíveis.
Diferentemente de outros países com
território de tamanho parecido, o Brasil tem poucas linhas de trens para escoar
a produção: são 29 mil quilômetros de ferrovias, contra 86 mil na China, 87 mil
na Rússia e 225 mil nos EUA, segundo a consultoria de logística Ilos. O Estado
de São Paulo concentra 1.375 quilômetros de linhas de trem ativas atualmente.
“Embora o governo já tenha
discutido projetos como o do Trem Intercidades [sistema de transporte de
passageiros entre as regiões metropolitanas de São Paulo, Campinas, Vale do
Paraíba, Sorocaba e Baixada Santista], nunca houve a preocupação de criar um
corpo técnico para planejar ações nessa área. Por isso, a decisão do governo de
incluir essa proposta na LDO deve ser celebrada”, afirmou Edmir Chedid.
Os valores destinados ao planejamento
ferroviário deverão ser definidos em uma segunda fase, durante a votação do
Orçamento de 2019.
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