A
primeira batalha da briga entre os primos dos dois clãs que controlam a CSN
terminou com vitória para Benjamin Steinbruch e seus irmãos, representantes da
Rio Purus. Depois de terem pedido para que seus direitos políticos sejam
restabelecidos nas holdings que controlam as empresas da família, os primos
Clarice e Léo Steinbruch receberam a primeira negativa e devem recorrer da
decisão por meio da CFL Participações, que é assessorada pelo escritório
Tepedino, Migliore, Berezowski e Poppa Advogados. O agravo deve ser feito ainda
na primeira quinze de junho, dentro do prazo, que termina dia 22 após
postergações por conta da greve dos caminhoneiros. O processo corre na 2.ª Vara
Empresarial de Conflitos Relacionados à Arbitragem da Comarca de São Paulo.
Vale
lembrar
A
perda do poder dos primos Steinbruch aconteceu durante assembleias polêmicas
realizadas no início do ano. Na ocasião, o grupo de Benjamin destituiu os
representantes da CFL de seus cargos nos conselhos, violando o acordo de
acionistas de 1994 criado por seu pai. A alegação do presidente da CSN era de
que o acordo não era mais válido, desde a saída da família Rabinovich, em 2005,
sócia dos Steinbruch em todos os negócios do grupo, mesmo tendo vigorado desde
então.
Segue
o jogo
O
processo para reaver os direitos políticos é, contudo, secundário ao principal
que reivindica a venda de todo o patrimônio dos dois ramos da família, que além
da siderúrgica, inclui empresas nos ramos têxtil, financeiro, imobiliário e do
agronegócio, que segue caminhando. Após três anos de tentativa em vão de
negociar uma saída amigável da sociedade, os primos de Benjamin – Leo e
Clarice, por meio da CFL Participações – entraram com uma ação em 21 de março,
na 2.ª Vara Empresarial de São Paulo. Procurados, os escritórios Tepedino, que
representa a CFL, Mattos Filho, pelo lado da Rio Purus, e a CSN não comentaram.
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