PEQUIM –
Pequim planeja aumentar os gastos com a construção de ferrovias em quase
US$ 10 bilhões do orçamento inicial para 2018, expandindo os projetos
existentes, incluindo a linha ferroviária planejada para ligar a província de
Sichuan e a Região Autônoma do Tibet. O governo chinês também retomou as
aprovações dos projetos de construção do metrô em várias partes do país.
A economia
da China já vem mostrando sinais de desaceleração. Segundo dados do governo
divulgados nesta terça-feira, o investimento em ativo fixo cresceu 5,5% no
período de janeiro a julho, ficando abaixo da taxa de crescimento de 6% no
período de janeiro a junho. O crescimento de janeiro-julho é o mais fraco desde
o início de 1996.
O
investimento na construção de ferrovias serviu como estímulo econômico que
ajudou a China a se recuperar rapidamente da crise econômica mundial em 2008.
Como a
guerra comercial com os EUA pode levar a uma queda na demanda de aço, Pequim
pretende dar suporte a esse setor impulsionando a demanda doméstica por meio de
projetos ferroviários expandidos.
Em uma
reunião com a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma, que lidera a
política econômica do país, a estatal China Railway decidiu aumentar o
orçamento para construção de ferrovias em 2018 para mais de 800 bilhões de
yuans (US$ 116 bilhões), um aumento de 68 bilhões de yuans, ou de 10%, em
relação aos 732 bilhões de yuans inicialmente previstos no orçamento.
Os líderes
chineses prometeram no fim de julho que tornariam a política fiscal mais
pró-ativa para dar apoiar à economia, que sente um resfriamento em meio à
intensificação das tensões comerciais com os Estados Unidos.
Em julho, o
consumo da China também perdeu força com o crescimento das vendas no varejo
desacelerando para 8,8% ao ano. As vendas de automóveis no varejo caíram pelo
terceiro mês consecutivo em julho, enquanto as vendas de eletrodomésticos
aumentaram apenas 0,6% em relação ao ano anterior.
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